Plebistocracia (clique em plebistocracia para saber mais) é a junção de duas palavras que formam o conceito de um novo sistema
governamental libertador. A plebistocracia nos dará asas para voarmos para fora
das gaiolas oligárquicas! Oligarquia, governo baseado no patrimônio no qual os poderosos
mandam. Basta! Não cantaremos, como canários tristes, para esse pequeno grupo
de pessoas privilegiadas pelos políticos. Essa gente cria uma falsa ilusão
ideológica e igualitária de Bem comum governamental, a pseudodemocracia, em que
o Estado “não é mais do que a forma de organização que os burgueses constituem
pela necessidade de garantirem mutuamente a sua propriedade e os seus
interesses particulares”.
Salve!
Salve! Plebistocracia! Rainha nossa! Consolação e guia! Veio para nos redimir.
Para nos resgatar das mãos dos nossos opressores.
Como pode o
povo ser governado por poucos durante longos anos?
O destino de
muitos numa única estrada construída pela burguesia, mas que eles próprios não
caminham por ela. O que tem riquezas pode pagar a fiança e o suborno, se
necessário, para não cair na detenção. O descapitalizado se torna, para o
capitalizado, um bode expiatório.
Onde estão a
ordem, o progresso, a liberdade, a igualdade e a fraternidade? Essas palavras
interrompem o vento e não deixam a multidão voar.
Quem dera se
esse conjunto de sons articulados fosse encarnado... Mas são apenas ilusões e
simples palavras que interrompem o vento...
Somos
anátemas por acreditar no poderoso Leviatã que usa sua língua venenosa para
seduzir corações sedentos de paz.
A cauda
deste “monstro-Estado” arrasta para o abismo todo aglomerado de estrelas que
tentam iluminar a Terra.
Mas bendito
é o sol da justiça que nos traz o raio da esperança: plebistocracia!
Plebistocracia! Plebistocracia! Ilumine os nossos passos para nos desviarmos
dos enganos.
Oh! Quanta
tolice! Fico envergonhado de eleger alguém para me representar! O mapa da
Grécia não é a Grécia! A bandeira do Brasil não é o Brasil! Os políticos não
são o povo! A política se faz com participação e não eleição de representantes!
O signo arbitrário é o seu reflexo no espelho distorcendo você!
Abra as
cortinas dos países... Veja o que está por detrás dos bastidores: os sacerdotes
sacrificando milhares de vidas humanas para oferecer em favor do crescimento do
poderoso deus Leviatã, o monstro-Estado.
Os políticos
pagam com preço de sangue a glória do Estado! E as crianças... os velhos... as
mães... os fracos... os pobres... os doentes... os trabalhadores??? São apenas
objetos para sustentar uma democracia mercantil que patrocina o consumismo e
gera a desigualdade social. A base da “pirâmide” sustenta o topo. É por isso
que os reis não querem um controle populacional, quanto mais gente melhor, ou
seja, a maioria sustenta a minoria que usurpa o poder. Hannah Arendt afirma que política é o lugar
da ação e do discurso em vista do bem comum e não de demandas individuais.
A
plebistocracia veio para você e para mim. Vamos reformar a história... Vamos
inverter os valores... O povo governando os seus representantes e domando o
leão que age solto fiscalizando até o que não temos para manter a aquisição da
força do Estado pela violência. Mas como domaremos o Leviatã?
Nas urnas
não decidiremos somente os representantes competentes que passaram nos
concursos para políticos, mas todas as propostas de leis antes de sua criação e
aprovação. O legislador consulta a plebe para ajudar a elaborar as leis, e, por
fim, rejeitá-las ou aceitá-las. O executivo perguntará e justificará o que
pretende fazer, para descobrir de fato com o plebiscito qual a prioridade do
povo. Os nossos representantes têm de
ser os melhores do país por meritocracia e não por privilégios partidários que
recebem maior patrocínio para suas campanhas eleitorais. Até mesmo os ministros
de Estado passam pelo crivo da meritocracia e do plebiscito. Por que o povo tem
que estudar para prestar concursos públicos e os candidatos aos poderes
legislativos e executivos não prestam concursos nem se alfabetizam para isso?
Vivemos numa democracia oligarca que prestigia os burgueses e os políticos com
regalias e proteção de direito estatal. É hora de apertarmos o ponto de
mutação! Chega de favoritismos! Temos o antídoto: plebistocracia!
Nada se
decide... Nenhuma coisa se fará sem um plebiscito... Cada eleitor será um
militante de um partido para eclodir a diversidade de ideias e opiniões. A
educação básica receberá maior investimento para produzir uma nação crítica e
investigadora. As guerras e injustiças sociais cessarão... É a plebistocracia
como forma de governo equitativo. É a desmonopolização do poder Estatal. É a distribuição
dos três poderes nas mãos do povo para governar, equilibrar e censurar seus
representantes. É o Quarto poder majoritário, o Plebiativo! É valorizar a
multidão dando autonomia e poder de decisão política. É incorporar no Estado o
“espírito público plebeu” para direcioná-lo ao bem do próprio povo, sem
demagogias, assim o Estado passa a ser uma ferramenta não para poucos, mas para
a maioria, de forma que não haverá diferença entre o Estado e o povo. Na
plebistocracia, o Estado não é independente dos indivíduos nem anterior a eles.
A plebe é o Estado e vice-versa. É o sonho da promessa que todos os escravos um
dia sonharam de se ver livres dos sofrimentos advindos dos grilhões de seus
senhores.
Este é o
slogan: “Plebistocracia, o povo governando o Estado através do plebiscito
direto e secreto”. Clamem por ela!
GLOSSÁRIO
• Bode expiatório – Aquele que carrega
todos os pecados da humanidade. Pessoa inocente que é punida por algo que não
cometeu.
• Desmonopolização – Processo de cessar
o monopólio de.
• Leviatã – O Estado reconhecido como
soberano absoluto pelos seus súditos através do pacto social.
• Plebiativo – Quarto poder majoritário,
que governa, fiscaliza e equilibra os outros três poderes.
• Plebistocracia – Regime de governo em
que o povo comanda o Estado por meio do voto direto e secreto.
• Pseudodemocracia – Forma de governo
que usa a democracia aparentemente para ocultar as suas verdadeiras intenções.
• Signo arbitrário – Signo associado a
um significado, o qual representa, e o qual evoca com sua simples presença.
Ex.: Bandeira Nacional.
REFERÊNCIAS
• PLEBISCITO. In: WIKIPEDIA. A
enciclopédia livre. (última atualização da página em 19 de julho de 2012).
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plebiscito. Acesso em: 26 jul. 2012.
• iDICIONÁRIO Aulete. O dicionário da
língua portuguesa na internet. Disponível em:
http://aulete.uol.com.br/index.php. Acesso em: 26 jul. 2012.
• MARX, Karl; ENGELS, E. A ideologia
alemã. P. 59. 2ª Edição, São Paulo, Martins Fonte, 2001.
• Apostila da Unifran – Prática de
Ensino Vl Capítulos: 1 ao 5. Filosofia 2009 –79 páginas.
F Dicionário
de Filosofia – ABBAGNANO, Nicola. Páginas: 364, 365; 487. , 5ª Edição, São
Paulo, Martins Fonte, 2007
• GRUPO de Estudos Hannah Arendt.
Vinculado ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.
Disponível em: http://hannaharendt.wordpress.com/ . Acesso em: 26 jul. 2012.
• HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.