terça-feira, 16 de setembro de 2014

Aulas 2° ano Ensino Médio de Filosofia

5º Tema: VÍCIOS E VIRTUDES UM BOM E UM MAU USO DA VIRTUDE.                                           Prof. Nédi Silva – FILOSOFIA - 2º ano. Situação de Aprendizagem 2 Cad. do Aluno Vol. 1.
1) O pensamento ético exige muitas reflexões, não pode estar baseado na interpretação pessoal “achismo”. Por quê?                                                                                                                                                            2) Explique com suas palavras, o que é o Bem, o Mal e a Felicidade para os filósofos: Sócrates – Aristóteles – Epicuro.                                                                                                                                           3) Saber ou fazer? O que era mais importante para Sócrates? Explique.                                                                                                    4) Defina o que é sabedoria para Sócrates.                                                                                                 5) Para Sócrates, a sabedoria vem de dentro para fora, ou de fora para dentro? Qual a função da sabedoria?                                                                                                                                                           6) Sócrates dizia: “Conhece a ti mesmo”. Para me conhecer, eu preciso conhecer o outro em primeiro lugar. Por quê?                                                                                                                                                               7) Para fazer o bem é necessário conhecer qual parte do ser humano, segundo Sócrates? Por quê?                                                                                    8) “Partiu para a ignorância”, daria na mesma dizer....:                                                                                       9) Qual a felicidade (finalidade de existir) da Planta, do Animal e do Ser humano, segundo Aristóteles?                               10) Explique a três divisões da alma, segundo Aristóteles. Qual é a parte superior que deve governar as outras?                Por quê?                                                                                                                                          11) Qual o segredo de Aristóteles para ser Feliz? Por quê?                                                                                       12) O que é a virtude e o que é o vício, segundo Aristóteles?                                                                               13) Reflita sobre as frases sobre os hábitos. Escreva qual a que você mais gostou, depois a explique com suas palavras. 14) ATIVIDADES NO CAD. ALUNO PÁGS. 23-24                                                                                                 .....................................................................................................................................                                                                                                                                                 
Breve ExplicaçãoO pensamento ético exige muitas reflexões antes de decidir sobre o que fazer em determinada situação, não pode estar baseada apenas na interpretação pessoal: “Eu acho que é bom e pronto”. Os jovens ricos, citados na página 16 do cad. do aluno, que espancaram uma empregada talvez achassem que estavam fazendo uma coisa correta. Para definir o que é o bem e o mal, o correto e o incorreto, os  filósofo desenvolveram e definiram o que seria ético ou antiético, ou seja, a melhor ação na cidade,  a partir da razão lógica... Muitas reflexões.                                                         
Citaremos três exemplos:

FILÓSOFO
O QUE É O BEM?
O QUE É O MAL?
O QUE É FELICIDADE?
SÓCRATES
CONHECIMENTO
Ignorância
DESENVOLVER A VIRTUDE PARA PRATICAR O BEM
ARISTÓTELES
FELICIDADE
VÍCIO – AÇÃO MÁ (DESEQUILIBRADA): excesso e falta da virtude.
O FIM DESEJADO QUE PARA NÓS É DESENVOLVER A RACIONALIDADE
EPICURO
PRAZERES DURADOUROS
DOR (DESPRAZER)
AUSÊNCIA DE DOR NO CORPO E DE PERTUBAÇÃO NA ALMA (ATARAXIA).
                                                                                                     

PENSAMENTO DE SÓCRATES: “A sabedoria tem haver com humildade intelectual e não com a quantidade de saber. Sócrates era considerado o mais sábio de Atenas, porque pelo menos sabia que nada sabia. Por isso, ele buscava a sabedoria, isso é humildade intelectual. O importante para a sabedoria é o que você faz, não é o que você sabe. O que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, que, segundo Sócrates, é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo. A filosofia vem de dentro para fora e sua função é despertar o conhecimento, ou seja, o Autoconhecimento, pois a verdade está dentro de cada um. Para conhecer a si mesmo é preciso conhecer o outro. A alma do outro é como se fosse o espelho da nossa própria alma.” Para Sócrates o melhor no ser humano é sua alma inteligente e que fazer o bem é conhecer essa alma inteligente. Sócrates considera que o conhecimento é fundamental para podermos escolher e agir e que uma ação ou uma escolha malfeita revela falta de conhecimento ou ignorância. Quando alguém, numa situação de conflito,  “partiu para a ignorância”, não daria na mesma dizer que a inteligência da pessoa não foi suficiente para resolver seus problemas?

PENSAMENTO DE ARISTÓTELES: Todo ser tem uma finalidade de existir. Para  Aristóteles o ser humano é definido pela sua alma inteligente, e a finalidade dessa alma inteligente é buscar a felicidade. Ex: A felicidade da planta é buscar a luz do sol e a água. A felicidade de um animal é não sentir fome, sede, procriar e viver livre. A felicidade do ser humano é equilibrar a sua alma, através da inteligência, para ter uma boa ação prática ao lado de outros seres humanos.                                              

A alma do ser humano esta dividida em três partes:
VEGETATIVA
SENSITIVA
INTELECTIVA
Comer – Dormir - Reproduzir
Sentimentos – desejos – prazeres – fantasias- movimento
Pensar – raciocinar - Conhecer
                                                                                                                      
Se a alma tem três partes, então o homem tem que ser feliz nelas três, pois ninguém é feliz pela metade.  Cabe à alma intelectiva buscar o equilíbrio para evitar o exagero em qualquer uma das funções da alma. Daí a importância do raciocinar e do conhecer.                                                                                                                                             O SEGREDO DE ARISTÓTELES PARA SER FELIZ: é praticar a virtude (Areté), que significa hábito que torna o homem bom, para fazer o bem para si e para os outros. Ou seja, temos que treinar as virtudes para disciplinar nossos hábitos para nos tornarmos bons.  Virtude são as atitudes que levam a felicidade. A NOSSA FELICIDADE DEPENDE MUITO DA NOSSA RELAÇÃO COM AS OUTRAS PESSOAS. O hábito que produz a virtude tem que ser treinado cotidianamente.   Quando não temos bons hábitos, o vício, ou seja, mau hábito, imoralidade, falta de equilíbrio vai nos dominar e destruir nossas vidas e a harmonia social – relação com as outras pessoas. 
Frases para refletir sobre os hábitos:
“Os hábitos são construídos pelos pensamentos e pelas convivências”.
"Plante um pensamento, colha uma ação... Plante uma ação, colha um hábito... Plante um hábito, colha um caráter... Plante um caráter, colha um destino."
“Somente um hábito pode vencer outro hábito”.
“É mais fácil vencer um mau hábito hoje do que amanhã”. 
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9º Tema: INTRODUÇÃO A TEORIA DO INDIVÍDUO, SEGUNDO JOHN LOCKE.  
Prof. Nédi Silva – Filosofia -           2º ano. Vol. 1.      

Contextualizar – ouvir – dialogar – refletir e responder:                                                                                            1) Responder as questões, segundo sua opinião, a e b na PÁGINA 45 e as páginas 47-48.                                                                        * LEIA O TEXTO DESTA FOLHA (BREVE EXPLICAÇÃO) ANTES DE RESPONDER as questões 2-7.                                                                                                                                        
2) O que é estado de natureza e estado civil? Antes de responder, pense sobre a ideia que temos sobre os homens da caverna que eram Violentos e brutos – Preocupados apenas em satisfazer, imediatamente, seus próprios desejos.                                                                                                                                        3) Quais os motivos que fizeram os homens sair do estado de natureza para o estado civil, segundo Locke?                                                                                                                                                                4) O que é o estado de guerra,  para Locke?                                                                                   
5) O que faz uma pessoa ter direito sobre uma propriedade de terra, segundo Locke?                                                                                                                                                     6) Por que os governos (presidentes, reis e etc.) são criados pelos homens?                                                                         7) O que se deve fazer se estes governos forem injustos, segundo Locke? A ideia deste filósofo é válida para os dias atuais? Explique.                                                                                 

* LEIA UM TRECHO INICIAL DA PÁGINA 49 E RESPONDA NUMA FOLHA DE SEU CADERNO AS QUESTÕES: 8 e 9.                                                                                                                                               8) O que é um Direito Natural e um Direito Positivo?                                                                                               9) Cada pessoa traz consigo seus próprios desejos e necessidades. Como organizar em sociedade todos os desejos e necessidades individuais, segundo Locke? Você concorda com ele? Explique.                                                                                                             10) Assinale as ideias de John Locke pág. 56.                    

11)EM GRUPO, FAÇA O DESAFIO, NO CAD. DO ALUNO, AS ATIVIDADES 1 e 2  PÁGINAS 49-51.    ........................................................................................................................................                      
                                                                                                                             
Breve Explicação:  O estado de natureza, antes do estado civil, serve para refletir sobre os motivos que levaram os homens a se organizar e viver em sociedade.    Para JOHN LOCKE (1632-1704, Reino Unido), entender o poder político é necessário refletir sobre as motivações que teriam levado os homens a sair do estado de natureza para passar a viver em sociedade com a organização de governos e leis para regular suas relações. Segundo Locke, no estado de natureza os homens eram livres e, dessa forma, não dependiam de outros homens para conduzir a própria vida.   
 Todos eram iguais, pois nenhum possuía nada a mais que outro, pois todos recebiam as mesmas vantagens e capacidades dadas pela natureza.           Mas, como uns se esforçava mais que outros, ou seja, quando um homem, através do trabalho, cuidava da terra para plantar, colher e criar animais, assim, a partir daí, ele transformava-a em sua propriedade.
O direito sobre esse pedaço de terra surge através do seu próprio esforço, cuidado e criação, excluindo o direito comum que todos tinham sobre ela.  No estado de natureza, para Locke, os homens vivem em situação de paz, até o momento em que um homem procura submeter outro à sua vontade e retirar as posses que não lhes pertencem para desfrutar daquilo que não é seu, instala-se o estado de guerra que só pode ser amenizado e/ou evitado com a adesão (aceitação, aprovação) de todos os homens a um contrato social.
Dessa forma, os governos são criados pelos homens para que a vida e a liberdade sejam garantidas, este é o estado civil: Transferir seus direitos e posses a um só homem que tenha o poder de julgar e condenar aqueles que infringem as leis e a ordem social para manter e garantir a paz e o direito a posses que cada um conquistou. Contudo, se os governos falham nessa missão, os homens (sociedade), segundo Locke, podem se revoltar.           

Na qualidade de livres por natureza, podem contestar e reclamar, ir contra a um governo injusto, porque não são obrigados a acatar as suas decisões que prejudiquem a harmonia civil. 
O mais importante é ficar claro que, na filosofia de John Locke, o indivíduo tem uma valorização como agente histórico e jurídico. Por isso, toda ação depende necessariamente do indivíduo. O tipo de governo que ele deixa existir, o tipo de relações sociais sob as quais viverá e o conhecimento que deverá produzir; enfim, sua felicidade ou tristeza não competem mais ao rei ou ao senhor feudal, mas somente ao indivíduo.
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10º Tema: UTILITARISMO, SEGUNDO BENTHAM E STUART MIL.  
Prof. Nédi Silva – Filosofia Vol.1 - 2º ano.                             


Contextualizar – ouvir – dialogar – refletir e responder:                                                                                            
1) A liberdade tem limites ou você é livre para fazer o que quiser? Explique.                                                                                            2) Locke afirmava que a liberdade do homem é um direito natural. Mas para os utilitaristas o homem só é livre quando se desenvolve intelectualmente. Por que Bentham não concorda com o direito natural de Locke?                                                      
3) Qual a única garantia de compromisso entre os homens? Os homens deveriam apelar ao direito natural de Locke?                                                                                                                    
4) O que é hedonismo?                                                                                                                       
5) Qual a relação de prazer com a utilidade?                                                                                  
6) Como a felicidade é construída, segundo Stuart Mill?                                                             
 7) Explique esta frase de Stuart Mil: “ é preferível ser um Sócrates insatisfeito a um tolo satisfeito”.                                          8) Atividades Cad. do Aluno PÁGINAS 54-55.                                       
9)Pesquisar e redigir texto, segundo Ativ. PÁGINA 56. .......................................................................................................................................       
Breve Explicação:  Neste momento, trataremos do indivíduo concebido pelo utilitarismo, que se diferencia do indivíduo pensado por Locke. Para o utilitarismo, o homem é um ser que só é livre quando se desenvolve intelectualmente para fazer escolhas morais, diferentemente dos preceitos de Locke, que afirmava a liberdade do homem com base na natureza.  Bentham (1748-1832, Inglês) não via coerência entre a teoria empirista de Locke e a doutrina do direito natural, pois, por não se tratar de um dado histórico, mostra-se insatisfatória. A existência de tal contrato, fundado por meio de uma reconstituição hipotética (incerto) e não tendo validade histórica, não poderia dar fundamento ao direito natural.
 Bentham considerava ainda que, mesmo que o direito natural, reconhecido pelo contrato, tivesse fundamento histórico, não há qualquer garantia de que os homens agiriam segundo o direito natural e segundo o contrato que o reconhece. Segundo Bentham, a  única garantia de compromisso entre homens ou que um contrato social poderia ter é de apresentar as vantagens da vida em sociedade. Essa perspectiva leva ao entendimento de que a obediência às leis passa pela satisfação que pode ser proporcionada por ela. Assim, Bentham acreditava que, em vez de apelarem ao  direito natural e à ficção que promove a sua existência, os homens deveriam apelar para a  utilidade de uma ação ou de uma norma. Para o utilitarismo, o homem é um ser que necessita vivenciar seus desejos e, com isso, vivenciar o prazer, o fim último de todos os seres vivos. Ele é um ser passional, não apenas racional ou natural. Para ajudar o homem, os utilitaristas pensaram em criar uma ciência moral tão exata quanto a Matemática, até mesmo para dar conta de um de seus problemas fundamentais, qual seja: Como alcançar o prazer, sem produzir dor? De fato, quando se considera o prazer como finalidade ética, temos aquilo que se chama hedonismo. No entanto, o hedonismo utilitarista está fundamentalmente preocupado com a vida em sociedade. Portanto, a noção de prazer e dor deve ser compartilhada, surgindo dessa partilha a verdadeira moral.
Bentham propõe um hedonismo quantitativo, ou seja, o prazer é algo que tem uma quantidade que pode medir meramente em termos de duração e intensidade. Para mensurar a diferença entre o prazer e a dor, Bentham sugeriu um cálculo utilitário: Consiste em fazer um balanço do prazer e da dor, medidos em termos de intensidade, duração, certeza, proximidade, fecundidade e pureza para cada pessoa envolvida, somando em seguida os resultados de modo a obter um balanço final.
 John Stuart Mill, defensor da causa da liberdade, teve como mestre Jeremy Bentham, ou seja, sua defesa da liberdade passava pelos princípios utilitaristas. Contudo, a sua adesão ao utilitarismo não agregava todos os princípios pronunciados por seu mestre. Para Mill, mais importante do que calcular quanto de felicidade é necessária para afastar-se da dor é saber como a felicidade é construída. Para ele existem dois tipos de prazeres: Prazeres inferiores: Ligados às necessidades físicas, de ordem sensorial, como beber, comer e sexo. Prazeres superiores; Ligados à ordem intelectual, estética e social. São mais duradouros e seguros. Eles são superiores porque são os prazeres do pensamento, do sentimento e os prazeres do pensamento, do sentimento e da imaginação; tais prazeres resultam da experiência de apreciar a beleza, a verdade, o amor, a liberdade, o conhecimento, a criação artística. Qualquer prazer destes terá mais valor e fará as pessoas mais felizes do que a maior quantidade imaginável de prazeres inferiores.
O Princípio Geral do Utilitarismo, denominado Princípio de Utilidade pode ser expresso da seguinte maneira: Uma ação é moralmente correta quando produz (maximiza) o maior bem (felicidade – prazer) para o maior número e/ou produz o menor mal (infelicidade – dor) para o menor número. É a qualidade do prazer que é relevante e decisiva para Mill. Por isso sua afirmação de que “É preferível ser um Sócrates insatisfeito a um tolo satisfeito".Sócrates insatisfeito a um tolo satisfeito". Sócrates é capaz de prazeres elevados e prazeres inferiores e escolheu os primeiros; o tolo só é capaz de prazeres inferiores e está limitado a uma vida sem qualidade.
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11º Tema: TORNAR-SE INDIVÍDUO, SEGUNDO PAUL RICOEUR                    
(1913-2005. Foi um dos grandes filósofos e pensadores franceses do período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial).                                                 
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 2º ano. Vol. 1.  Páginas 58-61

* LEIA O TEXTO DAS PÁGINAS 58-60 E RESPONDA EM SEU CADERNO “NORMAL” AS SEGUINTES QUESTÕES, CONFORME O TEXTO.

1) Como você se tornou quem você é (um ser individual perante sua espécie)?                                                                                                                                                       2) Quais são as duas dimensões do indivíduo?                                                                        
 3) Etimologicamente, a palavra indivíduo vem do latim (individuus = indivisível) ou seja, aquele que é único - que tem suas próprias características.  Como nos individualizamos, se todos nós somos parte da espécie humana, segundo o filósofo Ricoeur? Você concorda com ele? Justifique                                                                                    4)Para Ricoeur através da linguagem individualizamos tudo e todos de três formas, a saber: 
A) DESCRIÇÕES DEFINITIVAS. B) NOMES PRÓPRIOS.                              
C) INDICADORES.  COM SUAS PALAVRAS, RESUMIDAMENTE, EXPLIQUE E CITE UM EXEMPLO PARA CADA UMA DELAS.                                                                                              
5) Num diálogo, exige o envolvimento daquele que fala e do que ouve. Quando falamos, não apenas dizemos as coisas como são, mas criamos outras. Por quê? Explique segundo o seu entendimento sobre o texto.                                                                 
6) O que é IPSEIDADE? Quais são os seus benefícios?                                                                                                                    7) Qual o maior problema que a ipseidade – narrar o que somos e quem é quem - pode acarretar na sociedade? Por exemplo: Racismo na 2ª Guerra Mundial.                                                                                                                                          9)Lembre-se do espaço, tempo, o que somos e quem somos para explicar essa frase:  “ Nós somos a nossa história contada e somos leitores de nós mesmos”.                                
10) Para Ricoeur, nossas palavras e compreensão do mundo esta recheadas das mais diversas ideologias. O que é uma ideologia? Pesquise, explique e cite exemplo.                                                                                                                                           11) Para Ricoeur é errado pensar que cada indivíduo tem o poder ético (ideologia individualista), independentemente dos outros, de moldar, de melhorar a sociedade. Por quê?
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12º Tema: TORNAR-SE INDIVÍDUO, SEGUNDO FOUCAULT                    
(Filósofo francês - 1926 a 1984).                                                                                     
 Prof. Nédi Silva – Filosofia - 2º ano. Vol. 1 -  Páginas 64-72

PARA FOUCAULT, O SUJEITO MODERNO FOI INVENTADO. Não somos frutos somente de teorias, mas, muito mais de práticas sociais adquiridas culturalmente e ligadas as palavras ditadas pelas instituições modernas, a partir do século XVlll.                     
Ex: Através da linguagem se disciplina o ato sexual: Como fazer? Com quem fazer?                       
O que não se deve fazer? Quais são os atos sexuais imorais?           
As Instituições, como as prisões, os hospitais, os quartéis, as fábricas e as escolas, criaram formas para controlar o indivíduo, VIGIAR E PUNIR, a saber: 1º Muros, Cercas e etc.  2º Separar cada grupo por setores, visando uma hierarquia “o ideal da fila”, ex: cada  tipo de prisioneiro em cela diferente, cada aluno em sua sala e carteira conforme a idade e rendimento.  3º Colocá-los em lugares estratégicos, que permita vigiá-los                para evitar comunicações indevidas e rebeliões. 4º Pelo Tempo: Marcando horário:   para o início e fim de todas as tarefas. Para manter o ritmo. Para adaptar as pernas   e gestos, a fim de cumprir as tarefas. 5º Pela subordinação à disciplina: Treinar a  pessoa a exaustão até que ela execute bem a tarefa.  
                   * LEIA O TEXTO DAS PÁGINAS 64 e 66 E RESPONDA EM SEU CADERNO “NORMAL” AS SEGUINTES QUESTÕES, CONFORME O TEXTO.   

 1) O que é poder? Como se exerce o poder para controlar o outro?                                                                              2) Em que período  e século a Medicina e as Ciências Sociais analisaram o corpo de uma forma mais profunda para entender como ele funciona e discipliná-lo?  Qual era o principal objetivo deles? Cite um exemplo.                                                                                  
3) Escreva e Complete a frase: O que se faz com o corpo se faz com a................                          
 4) Pesquise:  O que é subjetividade?                                                                                                                5) Por meio do que a modernidade, baseada no corpo, aprendeu a moldar as pessoas?                                                                                                                                           6) FAÇA AS ATIVIDADES PÁGINA 65 NO CAD. DO ALUNO.                                                                     7) Quais são as Quatro formas de controlar um indivíduo pelo tempo? Tente citar um exemplo de cada uma que não esteja no texto.  Página 66.                                                               
 8) Leia o controle das gêneses para saber as maneiras de subordinar o corpo do indivíduo à disciplina. Cite exemplos pessoais, pode ser qualquer área da sua vida, para cada maneira.                                                                                                                                             9) FAÇA AS ATIVIDADES DAS PÁGINAS 67-72 NO CAD. DO ALUNO.                         
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13º Tema: CONDUTAS MASSIFICADAS, SEGUNDO MAX STIRNER.              
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 2º ano. Vol. 1 -  Páginas 73-75

1) Você é uma pessoa egoísta? Por quê?                                                                                            
2)Você acha, que devemos assumir o nosso egoísmo ou lutar contra ele? Por quê?                                   
3 ) Leia o texto da página 74 e responda: Para Stirner, o homem, na tentativa de dominar a natureza, se tornou escravo de quem? De que forças? Explique como elas o dominam.                                                                                                                                                               4) Realizar Atividades no cad. do aluno páginas 74-75.


 TEXTO COMPLEMENTAR DE MAX STIRNER ( Alemão, 1806- 1856): Frases de Marx Stiner - 
“O homem é um ser egoísta, cada um deve assumir o seu egoísmo, para tornar-se dono de si mesmo” “Quando alguém tenta se libertar do egoísmo servindo a Deus ou a sociedade, na verdade acabam servindo aos Líderes religiosos e aos políticos”                          
“ Deus é apenas uma ideia para o indivíduo, independente de existir ou não, assim também como Sociedade, nação e honestidade”  “Portanto, as ideias de Deus e de nação são afastamentos parciais de nós mesmos. Quando acreditamos que somos seres espirituais, feitos por e para as ideias, achamos que devemos segui-las. Desse modo, pensamos egoisticamente: vou servir a Deus, porque lucrarei com isso indo para o céu, ou vou servir à sociedade, porque terei prestígio e serei considerado bom. No entanto, se chegássemos à conclusão de que somos corpo, então serviríamos a nós mesmos em totalidade”

“Quando as pessoas procuram trabalhar, cada vez mais e melhor, para servir à honestidade, na verdade estão servindo aos Patrões” 
“Somos um poço de desejos,  então deveríamos  servir a nós mesmos em totalidade e não aos desejos egoístas de outras vozes escondidas nas ideias de Deus, patriotismo, caridade, mansidão e etc”.             
“A Sociedade seria bem melhor se cada um assumisse seu egoísmo fazendo o bem aos outros por interesse (eu faço você feliz para você me fazer feliz) assim, não haveria lutas e nem intrigas, pois cada um seria tão diferente do outro, a ponto de não poderem sequer discordar, cada um buscaria os seus próprios desejos, que são diferentes e não desejos iguais”. A disputa só se dá por que todos querem as mesmas coisas. O problema das intrigas e das lutas é que nós nos imaginamos parecidos com os outros e agimos por egoísmo disfarçado, adormecido. Julgamos, ainda, os outros como falsos, quando nós também somos. Por isso, nem realizamos nossos desejos, nem alcançamos nossos ideais. Temos que assumir o nosso egoísmo e não os desejos de outros egoístas que estão camuflados nas ideias de fé, amor, paz, caridade e patriotismo.    
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14º Tema: INDÚSTRIA CULTURAL – 
Filósofos Alemães: ADORNO (1903-1969) e HORKHEIMER (1895 – 1973).
 Prof. Nédi Silva – Filosofia - 2º ano. Vol. 1 -  Páginas 75 - 78

1) Somos copias de alguém? Você é copia de quem? Explique.                                                         
2) O que é pseudoindividualidade? Cite exemplo.                               
3) O que é individualidade ou ipseidade?                                                   
4) O que é Razão Instrumental?                                                                 
5) O que é Indústria Cultural ou Cultura de Massa?                                                  
6)Qual a invenção que impedi as pessoas de serem indivíduos?                                                                                                  
7) Como falsificar uma individualidade?                                               
 8) Em resumo, qual a intenção da cultura de massa?                          
9) Mas onde se encontra a cultura de massa?                                      
10) O que acontece ao trocar o pensar pelo sentir? Por quê?                                                                                                                            11) O que acontece ao perceber que o produto não trouxe o prazer tão desejado?                                                                                                  12) ATIVIDADE NO CAD. ALUNO PÁGINAS 76-78.

A SOCIEDADE TOTALITÁRIA, BASEADA NA RAZÃO INSTRUMENTAL ( quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos), impõe a todos os seus membros um padrão, uma dinâmica, uma medida, que visa unicamente à produção e ao lucro, explorando os recursos naturais e a mão de obra. Por isso, diante das forças econômicas, os indivíduos acabariam reduzidos a uma massa de pessoas que não percebem o mal que estão fazendo contra elas, pois todos acabam convivendo com o sistema. Para que esse sistema histórico-social possa continuar intacto, isto é, fortalecido, inventou-se uma maneira muito poderosa de fazer que as pessoas não usem sua razão crítica para criar sua individualidade, tornando- se verdadeiras cópias de outras pessoas igualmente artificiais.  Assim, a razão instrumental acabou gerando a cultura de massa, que é a industrialização e produção em série de mercadorias culturais, que produzem, por sua vez, individualidades falsas ou pseudoindividualidades: TODOS FICAM IGUAIS.                                          
Como falsificar uma individualidade? Com a cultura de massa ou indústria cultural (processo de transformação da cultura em produção em série e em mercadoria), que submetem a arte e as manifestações culturais às leis de mercado. A beleza que fazia que o homem compreendesse a profundidade de sua existência há dois séculos revelou-se de pouco valor e superficial, deixando de existir com a moda que muda constantemente. Em resumo, o mais importante para a indústria cultural, não é construir a si mesmo, mas copiar quem está na propaganda, o personagem do cinema, da novela ou a mais recente atração do mundo “pop”. Mas onde se encontra a cultura de massa? No rádio e na televisão, nos jornais e revistas, no cinema, nos shows e na propaganda, em geral, isto é, nos meios de comunicação de massa.                     
 Qual é a estratégia dessas empresas? Convencer as pessoas de que elas são livres para escolher o que é melhor, mas insistindo que o melhor é sempre o próprio produto que ela oferece. Além disso, tentam transformar tudo em entretenimento, por exemplo: A maioria das músicas dos grupos e cantores não são escritas por eles mesmos, são compradas. E pior, as melhores músicas que se tocam no rádio ou são apresentada nos programas de televisão foram pagas para que estas fossem consideradas as melhores. Com a repetição na mídia a maioria acaba curtindo. Nos shows, a eletrônica, os dançarinos e a iluminação ajudam a disfarçar os defeitos das vozes dos cantores. O gelo-seco produz uma emoção que a canção não é capaz de criar. 
O volume alto do som empurra todo mundo para o balanço de músicas sem sentido e, muitas vezes, malfeitas, mas se trata do cantor ou cantora que todos escutam. Vários jornais denunciam até que alguém pague para não denunciar mais. Mas, não são os jornais que afirmam ter compromisso com a verdade? Vários artistas,   na maioria das vezes, se apresentam seminus e vivem uma história pronta, com começo, meio e final feliz, como se a vida fosse assim.  A foto de capa da revista é escolhida entre centenas e é produzida no Photoshop.
 Dessa maneira, ao trocar o pensar pelo sentir, os indivíduos passam a serem fantoches nas mãos dos industriais.  Renunciando à construção de si, funcionam como cópias de máscaras, vendo-se apenas montagens, não realidades.           
Com isso, assumem como seus os desejos criados pela propaganda: compre isto para ser assim; seja interessante sendo assim ou – mais sinceramente – você é aquilo que você pode pagar - E se você não se adapta ao modelo, não serve etc.
No entanto, as pessoas acabam sofrendo por não ter as falsas maravilhas que veem nos meios de comunicação ou por ser diferentes do modelo de homem ou mulher anunciado pela propaganda. E isso também inclui de modo decisivo a criança, fazendo que a sensação de sofrimento e frustração comece na infância, com os brinquedos caros que não pode comprar, terminando na velhice esquecida, pois é da juventude que a televisão gosta e ensina os telespectadores a gostar.               
Quase todas as mercadorias que estão à venda – música, dança, imagens, cheiros, sabores, roupas – trazem consigo a ideia de um estilo, que deve ser comprado ou imitado.             
Com a indústria cultural, além das artes, a religião e o esporte também viraram produtos.                                                           
As pessoas deixam de praticar a religião e o esporte para assistir a eles pela televisão. Para encontrar o sagrado, não é mais necessário estar com os demais fiéis e fazer orações com eles, basta ligar a televisão ou o rádio no horário marcado e será possível ter o sagrado em domicílio. Com o esporte, é mais fácil comer pipoca na frente da TV do que ir ao estádio ou jogar aquela “pelada” com os amigos. Como se vê, todas as emoções estão à venda, mas duram pouco, de modo que voltemos rapidamente a comprar outras. 
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15º Tema: ALIENAÇÃO MORAL – 
 Filósofos Franceses: EMMANUEL LÉVINAS (1906 - 1995) e JEAN SARTRE (1905-1980). 
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 2º ano. Vol. 1 -  Páginas 79-86

1) Reflexão Ética: Como agem as pessoas, de modo geral, e como elas deveriam agir?  RESPONDER NA P. 80-81.                    
LER TEXTO DAS PP. 81-82. RESPONDER AS QUESTÕES. 2-6.                                                                                                                                   2) Somos frutos do mundo que nos cerca? Por quê?                                                                                                                                                  3) Uma boa convivência com o outro, depende exclusivamente, de quê? Por quê?                                                                                                                                                                                                                                                                                4) Qual a diferença em Dizer estas palavras a alguém: a) Bom dia!  b) Belo dia!  c) Desejo-te um bom dia!                                                                                                                                                                        5) Por que a troca de sentidos (conhecimentos, experiências, interpretações de mundo) com pessoas diferentes, é o que nos faz ser humanos de fato?                                                                                                                                   6) Para Lévinas, devemos viver para o outro, pois é a melhor maneira de viver para si mesmo. Quando valorizamos as diferenças, estamos aprendendo e melhorando a nós mesmo, estaremos acrescentando outras qualidades que não tínhamos; isto é para ele, reconhecer o rosto do outro. Por isso, o eu é totalmente responsável pela vida do outro. Pensando no outro estou pensando em mim mesmo. ESCREVA QUEM É O OUTRO PARA LÉVINAS. VOCÊ CONCORDA COM ELE? JUSTIFIQUE-SE.    
 7) Você já ouviu este mandamento: Ame o próximo como a ti mesmo? Para o prof. Nédi,  Eu não tenho que me clonar no outro para amá-lo. Um espírito iluminado tem que ir além! Amar as diferenças é o que faz o ser humano. Você não deveria amar o próximo como a ti mesmo, mas além de ti mesmo. Por quê? Para reconhecer no outro qualidades que você não têm... Para si completar... Para melhorar o seu eu...                       Para ampliar a cosmovisão (visão de mundo)... Para por fim aos preconceitos, guerras e intolerâncias étnicas e religiosas... Para ser útil a alguém da maneira que ela precisa, e não do jeito que você gostaria... Para respeitar e aprender com todos os habitantes do planeta.  ISSO É ALTERIDADE DE FATO!. VOCÊ CONCORDA? POR QUÊ?      
LER TEXTO DA P. 84. RESPONDER AS QUESTÕES.                                                                                       8) O que é alienação moral, para Sartre?                                                                                                                                           9) Para Sartre devemos nos preocupar mais com nossas necessidades do que com as tradições. Explique por que uma alienação moral é viver fora da História?                                                                                            10) As mudanças de nosso tempo exige uma reflexão ética. Devemos assumir a ação ética no mundo. Explique, por que os antiéticos nos revelarão éticos?                                                                                                               11) Para Sartre, o que importa não é o que aconteceu com a gente, mas o que faremos com o que sobrou de nós.  O que isso tem haver com nossa existência?                                                                                        12)  ATIVIDADES NO CAD. DO ALUNO PÁGINAS 84-86
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16º Tema: O ENVELHECIMENTO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA                                                                                                                      Prof. Nédi Silva – Filosofia - 2º ano. Vol. 2 -  Páginas 5-10

1) O que é Humilhação Social?                                                                     
 2) O que acontece quando não se respeita uma pessoa em sua integridade emocional, intelectual e material?                                                3) O que é o Estatuto do Idoso? O que precisamos fazer para ele se tornar realidade?                                                                                               4) Como a sociedade capitalista percebe o outro, segundo Beauvoir?                                                                                                                 5) Qual a relação dupla que os mais jovens têm com os idosos, segundo Beauvoir?                                                                                       6) Explique por que os idosos são tratados pela sociedade como QUANTIA DESPREZÍVEL, segundo Beauvoir?                                                                                                                   7) Reflita sobre esta frase: “Este idoso está velho demais. O maior bem que ele pode fazer a sociedade é se matar!” .                                 Quais as diferenças das palavras: IDOSO E VELHO. Cite outra frase em que estas palavras podem transmitir preconceito e desrespeito.                                                                                          
8) Leia o texto da pág. 5 e responda as questões de 1-4 no Cad. do Aluno.                                                                                                                      9) Leia o Estatuto do Idoso nas págs. 6-8. Escreva qualquer artigo que você queira reivindicá-lo, por não estar sendo exercido como deveria. E outro que você entende que esta em vigor atualmente.                                                                           10) Explique por que Envelhecer não pode significar perda de direitos, abandonos, doenças, pobrezas e etc.?                                                                                                                                         11) Imagine você sendo um idoso abandonado, pobre e doente, e que precisa escrever uma carta relatando aos adolescentes e jovens dicas de como envelhecer prazerosamente em todos  os sentidos da vida (na saúde, família, profissional, intelectual, social) para que eles possam ter um futuro melhor do que o seu.  O que escreveria? 

 12) TAREFA EXTRA-SALA: ESTUDO DE CASO -  GRAVAR NO CELULAR uma entrevista com um idoso (a), para ser apresentada na próxima aula. Com a intenção de descobrir quais as humilhações que essa pessoa tem passado, principalmente com a família e com os serviços públicos. Não precisa perguntar o nome do idoso (a).     

                                        ................SIGA ESTE MODELO PARA ENTREVISTA................                                                                    
1. Como o senhor (a) é tratado (a) pelos serviços públicos?                            2. Sua aposentadoria é suficiente para as suas necessidades?                      3. Como você é tratado pela sua família? O senhor se sente valorizado?                                                                                                   4. O senhor (a) é depende de alguém, mora sozinha, seus filhos te ajudam?                                                                                                                  5. Qual a sua diversão? O que senhor (a) mais gosta de fazer?                 6. Qual o seu maior sonho que ainda não foi realizado?                        7. Se o senhor (a) pudesse voltar ao passado, o que você mudaria?                                                                                                         8 . Qual o conselho que o senhor (a) daria para uma pessoa envelhecer prazerosamente?                                                                   9. O senhor (a) gostava de estudar quando era jovem?                              10. Qual o conselho que o senhor (a) quer dar para os alunos da minha classe?          ............................................................................................................................................................

BREVE EXPLICAÇÃO: Uma pessoa é humilhada quando se mostra a ela uma diferença que a põe em situação de inferioridade. De alguma forma, todos já foram humilhados. Mas existem pessoas, que são humilhadas constantemente, desde a infância até a velhice. Ex: pobres, negros, gordinhos e etc.                Quando não se respeita uma pessoa em sua integridade emocional, intelectual e material, ela é excluída da sociedade pelos governos, pelas instituições, pelas famílias, pelas pessoas em geral. E os que mais sofrem com isso são as crianças e os idosos.                                                
O Estatuto do Idoso é um marco na construção de uma política pública voltada para as pessoas que envelhecem. Só podem se converter em realidade na medida em que conhecemos este documento, reconhecemos seu significado e sua importância e o colocamos em prática.  
 No texto A VELHICE, da filósofa francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), ela procurou refletir sobre a exclusão dos idosos em sua sociedade, mas do ponto de vista de quem sabia que iria se tornar um deles, como quem pensava o próprio destino. Para ela, um dos problemas da sociedade capitalista está no fato de que cada indivíduo percebe as outras pessoas como meio para a realização de suas necessidades: proteção, riqueza, prazer, dominação, pouco compreendendo e valorizando as necessidades alheias. Esse processo aparece com nitidez em nossa relação com os idosos. Em seu livro, a pensadora demonstra que há uma duplicidade nas relações que os mais jovens têm com os idosos, uma vez que, na maioria das vezes, mesmo sendo respeitado por sua condição de pai ou de mãe, trata-se o idoso como uma espécie de ser inferior, tirando dele suas responsabilidades ou encarando-o como culpado por sobrecarga de compromissos.                      
 Por isso, a filósofa afirmou em seu livro: que o idoso é uma espécie de objeto incômodo, inútil, e quase tudo que se deseja é poder tratá-lo como QUANTIA DESPREZÍVEL. Essa afirmação pode demonstrar as situações em que os idosos são expostos indevidamente, em postos de saúde, hospitais, instituições financeiras, supermercados ou no transporte público. Por exemplo, Em vários lugares, como bancos e supermercados, há caixas preferenciais para idosos, mas, mesmo que essa iniciativa seja suficiente para proporcionar a rapidez no atendimento, será que é também suficiente para garantir segurança, conforto e atenção? Outro exemplo é a gratuidade no transporte coletivo, mas quem viaja de ônibus sabe que, muitas vezes, suas condições não são adequadas para transportar quem tem um corpo frágil.
É possível que, mesmo adotando um discurso de respeito ao idoso, acabamos no dia a dia desrespeitando o direito preferencial nas filas, nos meios de transporte, não cedendo o seu lugar para o idoso sentar, ou mesmo tratando a condição da pessoa idosa como uma situação depreciativa, quando nas conversas usamos os termos “velho” ou “velha” como forma de desvalorizar e menosprezar.  SER VELHO É DIFERENTE DE SER IDOSO:  Idoso tem muita idade,  Velho perdeu a jovialidade -  Idoso sonha,  Velho dorme -  Idoso tem a felicidade de viver e ainda aprende,  Velho é quando nem ensina -  Idoso pratica esportes, Velho só descansa -  Idoso tem amanhãs no calendário, Velho só tem  ontens –  NESTA PERPECTIVA, UM JOVEM PODE SER UM VELHO.                                                                                                                            

Um comentário:

  1. Obrigada por me mostrar uma luz no fim do túnel. Você têm me ajudado muito.

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