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4º Tema: O FILÓSOFO ESTA ENTRE O NÃO SABER E
O SABER -
PHILOSOPHO VS PHILODOXO. Páginas 31-36
Contextualizar – ouvir – dialogar, refletir e responder:
SABER. FILÓSOFO. NÃO SABER
FRASE: "O sábio fala porque tem alguma coisa a
dizer; o tolo, porque tem que dizer alguma coisa." PLATÃO.
1) Explique a frase de Platão, citada acima.
2)
Qual a diferença entre um saber (episteme)
e um opinar (doxa) sobre alguma coisa?
3) Leia a
frase, a seguir, Reflita e Responda: Quem é o filósofo para Platão? Justifique sua
resposta? “Mas àquele que deseja prontamente provar de todas as ciências e se
atira ao estudo com prazer e sem se saciar, a esse chamaremos de filósofo”
PLATÃO.
RECURSO (PAI). AMOR (FILHO DE). POBREZA (MÃE)
LEIA O
TEXTO P. 31-32 E RESPONDA SEGUNDO A LEITURA:
4)
Por que quem ama vai a procura do ser amado?
5) Por que o filósofo é aquele que esta procurando a sabedoria?
6)
O deus Amor é filho de quem, segundo Platão? O que esta alegoria tem haver com
o filósofo?
7)
Por que os ignorantes não anseiam saber mais nada?
8) Sócrates é considerado como um filósofo, porque ele era um amante do
saber. Se ele fosse um amante da opinião, qual seria o seu título?
Explique.
9) Leia o texto
página 34 e responda: Nem toda reflexão é filosófica. Quais as três exigências
para uma reflexão ser filosófica? Explique cada uma.
10) Atividades das páginas 31-33
11) Atividades
das páginas 34-36 – FILOSOFIA COMO REFLEXÃO.
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5º Tema: COMPREENDENDO
A CONDIÇÃO ANIMAL DOS SERES HUMANOS NA PERSPECTIVA FILOSÓFICA.
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 3º ano.
OBS: LEIA A BREVE EXPLICAÇÃO, ABAIXO, ANTES DE RESPONDER AS
PERGUNTAS.
1) Você se sente
incomodado ao ser chamado de animal? Por quê?
2) Cite cinco características que nos
aproxima e distingue dos outros animais?
3) Escreva o significado dessa frase de
DESCARTES p. 30: “A natureza me ensina,
através das necessidades, que não estou alojado em meu corpo como um comandante
em seu navio (...) e que muitos outros
corpos existem em torno do meu, entre os quais devo procurar uns e fugir de
outros”.
4)
Escreva o significado dessa frase de Pascal p. 40: “O que é o
homem dentro da Natureza? Nada, em relação ao infinito; tudo, em relação ao
nada. Para os humanos tanto o fim quanto o principio das coisas permanecem
ocultos num segredo impenetrável. Impossível de se ver o nada de onde saiu e o
infinito que o envolve”.
5) As duas frases dos filósofos René
Descartes e Pascal, trazem as condições
básicas da existência humana: Limites, necessidades e conflitos existenciais. Antes de qualquer projeto para
preservar a natureza requer a conscientização dessas condições básicas da
existência humana. Produza um texto
mostrando as condições básicas para a existência humana. A diferença entre
desejos e necessidades físicas, biológica e psíquica. Inversão de valores que
nos prejudicam e etc.
6)
Leia o texto do Cad. do Aluno 3º Vol. l páginas 39-40 e destaque, no próprio
texto, as palavras desconhecidas e as frases interessantes.
7) Responder no Cad. do Aluno as
perguntas das páginas 40-42 ................................................................................
Breve Explicação: Para compreender a condição animal dos seres humanos
na perspectiva filosófica. Vamos começar por aquilo que é mais evidente no ser
humano, de que temos um corpo: Esse corpo faz parte do grupo dos animais. Que espécie de animal somos nós? Podemos
transformar o mundo em um lugar melhor? Estamos fazendo isso para nós ou para
todos os seres?
A
partir do século XlX a ciência e a tecnologia demonstrou a superioridade e
controle humano sobre a natureza. Quando refletimos sobre a condição animal dos
seres humanos vemos um cenário de disputas de alimento, de território, de
machos e fêmeas, destruição de outros seres na luta pela sobrevivência. Como
criar um ambiente que garanta sobrevivência em cooperação e solidariedade?
Temos consciência do nosso poder devastador e da ilusão de controlar a natureza
sem prejudicar o planeta e a nós mesmos.
Os desafios
associados ao fato de termos um corpo são prazerosos e dolorosos também. Ter um
corpo exige alimentá-lo, e a fome é processo doloroso, e vivemos uma sensação
de prazer quando saciamos a fome. Da mesma forma, várias outras necessidades de
nosso corpo implicam dor e prazer.
A saúde é uma exigência para o bem estar de
nosso corpo. A satisfação sexual e o desejo de reprodução podem ser citados
como desafios impostos pelo nosso corpo também. Movidos por este desafio de
satisfação de nossa sexualidade, procuramos parceiros nos quais confiar e
compartilhar amorosamente as nossas necessidades e para reproduzirmos os nossos
descendentes, que a cada dia, deixam o planeta superlotado. Quanto mais gente:
mais cidades, mais indústrias, mais poluição, mais desempregos, mais disputas, menos
espaços para florestas e para os outros animais sobreviverem.
O que vem se
tornando cada vez mais complexo, sobretudo nos grandes centros urbanos.
A
aproximação dos argumentos dos dois filósofos: Descartes e Pascal trazem a
ideia de que nossa natureza contempla a existência de um corpo com o qual
sofremos e nos relacionamos com os demais seres da natureza. E a grande
diferença de seus argumentos está no fato de que Pascal acrescenta a ideia de
que, juntamente com a consciência de nosso corpo, deparamo-nos com a
consciência de que nada somos no conjunto da natureza.
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6º Tema: LINGUAGEM,
LÍNGUA, FALA E O MITO DE THEUTH.
Prof. Nédi
Silva – Filosofia - 3º ano.
QUESTIONÁRIO DO TEXTO
1) Qual a relação do pensamento com a
palavra escrita ou falada?
2)Quais as características exclusivas da espécie humana que possibilita
a palavra?
3)
Qual a diferença da linguagem, da língua e da fala?
4)Por que a grande diferença entre os
homens e os animais é a língua(palavra) e não a linguagem?
5) Por que a língua é
arbitraria?
6) Relate
quando você usou a língua como veneno e como a Filosofia poderia ter te ajudado?
7) Relate quando você usou a língua como
remédio e como a Filosofia poderia ter te ajudado?
8)
Relate quando você usou a língua como Cosmético e como a Filosofia poderia ter
te ajudado?
9) Leia o mito de Teuth, reflita
e responda: Quando Theuth inventou a escrita, ele acreditava que era uma ótima
invenção, mas segundo o texto e sua compreensão da realidade, escreva quais os
perigos que a escrita poderia trazer?
10) Produza um texto argumentativo, com base nesta aula, tendo o
seguinte tema: LINGUAGEM E LÍNGUA SÃO SENHAS PARA ENTRAR NO MUNDO HUMANO
. ................................................................................................................................................................
COMO A FILOSOFIA INVESTIGA TUDO, não poderia ficar de fora a
Linguagem. A linguagem é um processo de comunicação associada a gestos, vozes,
sinais, movimentos, sons, cores; não é um processo exclusivamente dos seres
humanos. Por isso, Aristóteles disse que todos os animais têm vozes, ou seja, linguagem. O filósofo WITTGENSTEIN, afirmou que: “A linguagem é um jogo por meio do qual se
aprende a usar palavras. Não se aprende uma palavra, mas aprendemos um jogo de
linguagem para se construir compreensões sobre palavras e significados.”. Perceba
que durante uma mímica as palavras não estão ausentes. Porque o processo e a
produção de um pensamento são permitidos pela palavra, mesmo sem a fala. As
palavras surgem e articulam-se dentro de um contexto de uma língua. A palavra relaciona-se com o pensamento,
criando-o e sendo criada por ele. É a língua que funda, distingue os saberes de
um grupo, uma tribo, um país. A língua pode ser falada ou escrita. A língua
falada depende de um aparelho fonético sofisticado para produzir os sons e a
vibração do ar e a língua escrita depende de uma mão também sofisticada para
desenhar e escrever uma imagem. Essas características são exclusivas da nossa
espécie. Quem forma e gera a língua é a
cultura. E ao mesmo tempo a cultura, ela também é gerada pela língua. Assim, classificamos,
nomeamos, registramos e compartilhamos nossas experiências como o nosso grupo.
O ser humano só evoluiu graças ao registro de saberes, ainda que na memória da
tradição oral. Comunicamos pela língua
de geração em geração. O que identifica um povo é sua língua que é o
instrumento que carrega a cultura e os saberes. Exemplo: Por isso, um
antropólogo recorre a um linguista, quando percebe que uma tribo vai extinguir.
Na tentativa de transformar a língua da tribo numa escrita, para não deixá-la morrer.
A língua tem códigos sonoros e escritos, sendo necessário decodificá-los para
compreender um povo. O extraterrestre só vai decodificar os seus códigos
gestuais se no planeta dele tiver um instrumento que sirva para escrever ou
registrar descobertas. A LINGUA É CRIADORA DE REALIDADES. Ela carrega os
significados e representa as coisas do mundo. Não precisa levar um elefante com
você para explicar o que é um elefante. Basta levar as representações mentais,
sonoras e gestuais para dizer o que é um elefante. Passado e futuro só existem graça a linguagem
e a língua (palavra). Quando a linguagem e a língua se alia a memória podemos
trazer registros do passado; e aliadas à nossa capacidade imaginativa nos
projetam ao futuro. Esse atributo fundamental e universal do ser humano faz com
que ele consiga articular os seus pensamentos e com a língua expressar e
comunicar a outros indivíduos. Mas,
mesmo que todos nós fossemos surdos e mudos, ainda utilizaríamos a Linguagem. Não se pode considerar a existência da
sociedade e do individuo consciente sem o fenômeno linguístico; apoiado neste
fato, até mesmo a filosofia não existiria. É de se admirar como a
arbitrariedade da língua, ao se expressar através da fala e sem nexo causal,
coloca nomes nos objetos. E também, a diferença entre linguagem, língua e fala
que no cotidiano vulgar não se faz distinção. Linguagem é o que nos dá condição
para comunicarmos utilizando palavras ou sinais. A língua é o uso da linguagem
verbal de um determinado grupo nacional. Fala é o uso da língua, que o
indivíduo realiza conforme o seu jeito de se expressar para as pessoas de seu
próprio grupo.
A Filosofia toma cuidado com a
Língua, pois ela cria pensamentos e até a própria Filosofia. Platão afirma que a Língua é um Pharmacon, palavra que no grego antigo
significava: VENENO – REMÉDIO – COSMÉTICO. Quando a Língua se torna veneno,
remédio e cosmético?
A LÍNGUA COMO VENENO é relativa ao
discurso irônico, agressivo e provocador: de afastamentos e rupturas, de
discórdias e mágoas. A reflexão
filosófica pode ajudar a questionar e contextualizar as razões para a discórdia
e para agressões por palavras. Pode ajudar a compreender causas profundas que
levam a agredir ou a ser agredido por meio de palavras. E pode ajudar, ainda, a
encontrar as palavras adequadas para a superação da discórdia e para o
perdão.
A LÍNGUA COMO COSMÉTICO é uma maquiagem ou máscara para dissimular ou
ocultar a verdade através das palavras. Usa-se o discurso superficial, que não
oferece fundamentos e condições de se pensar as consequências das afirmações.
Tem simplesmente o objetivo de agradar e esconder conflitos, maquiando fatos. Ex: Bajulações, falsos elogios, enganos,
politicagem e etc. A filosofia pode ajudar também no questionamento desta
superficialidade, perguntando-se pelas causas e pelos fatores que foram
encobertos, maquiados. Pode ajudar a revelar intenções camufladas.
A LÍNGUA COMO REMÉDIO pode ser
associada aos discursos que ajudam os homens a compreenderem melhor a si mesmos
e aos outros. Ex: Bons conselhos, Ensinamentos escolares, a psicologia, a arte
e a religião podem ser tomadas como áreas que contam com a língua como remédio.
A Filosofia pode auxiliar a encontrar o melhor campo para a reflexão. Pode
ajudar na colocação de perguntas que levem à compreensão sobre as melhores
soluções para diferentes situações.
O MITO DE THEUT,
O INVENTOR DA ESCRITA, SEGUNDO PLATÃO
Difícil, quase impossível, refletir sobre escrita e
tecnologia sem nos remontarmos ao texto clássico, aos Diálogos de Platão, mais
especificamente ao Fedro. Conta SÓCRATES que no Egito antigo havia um deus,
Theuth, que foi o primeiro a descobrir a ciência do número e do cálculo, a geometria,
a astronomia, o jogo de damas e o dos dados, e, sobretudo, a escrita. Por essa
altura reinava no Egito Thamus, numa cidade a que os Helenos chamavam Tebas
egípcia. Theuth foi ao palácio do Rei e mostrou-lhe os seus inventos e as
vantagens que havia na sua distribuição por todos os egípcios. O Rei,
cauteloso, perguntou a Theuth os benefícios de cada um deles. E a cada
explicação ia opondo as suas reservas ou concedendo o seu aplauso. Quando
chegou à explicação dos benefícios da escrita, Theuth disse: “Este é o ramo do
conhecimento, ó Rei, que tornará os egípcios mais sábios e de melhor memória.
Esta descoberta é o remédio da memória e da sabedoria”. Ao que o Rei respondeu.
“Engenhosíssimo Theuth, um homem é capaz de criar os fundamentos de uma arte, mas
cabe a outro julgar se sua criação é danosa ou de utilidade para muitas pessoas
que vão fazer uso. Ora, tu neste momento como pai da escrita que és, por lhe
quereres bem, não percebeu os efeitos contrários que a escrita manifesta. Essa
descoberta provocará nas almas dos homens esquecimento de quanto se aprende,
devido à falta de exercício da memória, porque vão confiar, somente, na escrita
que é do exterior, por meio de sinais estranhos, e não de dentro, graças a
esforço próprio, que obterão recordações. Memória e recordação, são coisas
diferentes. Por isso, não conseguiu um remédio para a memória, mas para a
recordação. Aos estudiosos oferece a aparência da sabedoria e não a verdade, já
que, recebendo, graças a ti, grande quantidade de conhecimentos, sem
necessidade de instrução, considerar-se-ão muito sabedores, quando, na verdade,
são ignorantes na sua maior parte e, além disso, de trato difícil, por terem a
aparência de sábios e não o serem verdadeiramente”. SÓCRATES
inventava muitas histórias que o ajudavam a defender as suas teses. Para ele, o
discurso é melhor do que a escrita. O discurso leva o orador detalhar, explicar
seus pensamentos e recriar com criatividade suas histórias para a plateia que o
ouve e o questiona. Mas, a escrita não se recria, esquece-se, é uma vaga
recordação, não exige de quem a lê um esforço criador: é o que lá está. Não tem
como perguntar nada para a escrita. Ela é limitada, silenciosa, provoca dúvidas
sem esclarecimentos pormenorizados, por isso, surgem várias interpretações de
um mesmo texto, distorcendo, até mesmo a verdade, se ali houver.
Dois dos
homens que mais influenciaram a cultura ocidental, pelo menos até ao
Iluminismo, e que a continuam a Influenciar, nunca escreveram uma só linha:
SÓCRATES E JESUS CRISTO. ................................................................................................................................................................
A LÍNGUA CRIA REALIDADES E O NOSSO PRÓPRIO
EU -
Os sons produzidos pela
língua transmitem o que a própria língua pensa, ou permite ser pensado, quando
falamos ou a ouvimos, é afetado diretamente a nossa imaginação, sensibilidade,
personalidade e ações. A linguagem é isto: um processo que permite a criação de
fatos na mente das pessoas. Permite a criação de imagens, de ideias, de acontecimentos,
de emoções, de julgamentos e, até mesmo, de todos esses aspectos
simultaneamente, seja na reflexão que cada um de nós faz consigo mesmo, seja no
ato da expressão e comunicação entre diferentes indivíduos, em sociedade.
ATIVIDADE: Peça para um colega ler o seguinte
trecho, a seguir, para você. Feche os olhos no momento em que ele estiver
lendo, para perceber o quanto a palavra força a nossa imaginação pessoal na
compreensão do que é narrado, sem conseguir identificar os motivos desta ou
daquela associação de ideias.
TRECHO DE EUCLIDES DA CUNHA, OS
SERTÕES:
“Eram quatro apenas: um velho, dois homens
feitos e uma criança, na frente dos quais, rugiam raivosamente 5 mil soldados”.
Agora
pergunte para o aluno responder para você, o que cada um imaginou quando
escutou o texto:
Como era o velho? Ele usava chapéu?
E como eram os dois homens feitos?
E a criança, era menino ou menina?
E os 5 mil soldados? Eram soldados
da polícia? Do Exército? De que época?
Onde a cena imaginada se passou? Na
cidade, no campo? Fazia calor? Fazia frio? Alguém se perguntou por que 5 mil
soldados para enfrentar quatro pessoas?
Alguém interpretou em que
circunstâncias esse fato teria ocorrido?
Alguém ficou com pena daquelas
quatro pessoas?
Alguém ficou indignado com a
desproporção entre as quatro pessoas e os 5 mil soldados?
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7º Tema: FILOSOFIA E
RELIGIÃO – RAZÃO VS MITO.
Prof. Nédi
Silva – Filosofia - 3º ano. PARTE 1
* LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDAM AS
QUESTÕES.
1)
o que é um mito e qual a sua função sócio-cultural na Grécia Antiga?
2) Qual a distinção entre
mito e razão, pensamento mítico e pensamento racional?
3)Por que não devemos negar o mito? Explique.
4) Onde o mito se encontra atualmente? Cite exemplo.
5)Qual o seu ídolo? Como ele se tornou em uma figura exemplar para você?
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PENSAMENTOS: MÍTICO E FILOSÓFICO
Pensamento
mítico é oriundo da imaginação e sentimentos, desta forma surgem os rituais. No
ritual o pensamento mítico se materializa para que a vontade humana aconteça
por forças divinas e sobrenaturais. Aranha, em seu livro temas de filosofia
cita algo muito interessante: “...o homem do Paleolítico, desenhava os animais,
dentro de um estilo muito realista, e depois “atacava-os” com flechas, para
garantir o êxito da caçada.” O pensamento mítico é o primeiro pensamento que
surge no homem para dar-lhe coragem de vencer os perigos desconhecidos e
sobreviver. Por isso, Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa
(origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da
água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos
instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.). A verdade mítica não precisa ser
provada ou contestada, basta sua aceitação através da fé e da crença. O mito
grego tinha como objetivo explicar as origens do mundo e das vidas tipificado
em seus deuses e com isso eles socializavam-se colocando tabus, ou regras
morais, que se não fosse cumprido, o transgressor receberia punições vindas dos
deuses. Contudo, um novo pensamento se formava e a vida na polis (cidade grega)
cada vez mais é direcionada pela política, e aos poucos a moral estabelecida
pelas narrativas míticas foram sendo substituídas pela ética e pelos valores da
cidadania grega.
Pensamento racional tem a mesma importância
que o mítico, a sobrevivência e adaptação, só que de um jeito lógico, passível
de ser contestável e reformulado. Racionalmente podemos lidar com as forças do
mundo não como seres divinos, mas como elementos naturais que se repetem e que
podem ser estudados: a razão e somente a razão, com seus princípios e regras, é
o critério da explicação de alguma coisa; todo solução para qualquer problema é
submetida à análise, à crítica, à discussão e à demonstração, nunca sendo
aceita como uma verdade, se não for provado racionalmente que é verdadeira; para
os gregos, é uma lei universal do pensamento que a contradição indica erro ou
falsidade. Uma contradição acontece quando afirmo e nego a mesma coisa sobre
uma mesma coisa (por exemplo: “Pedro é um menino e não um menino”, “A noite é
escura e clara”, “O infinito não tem limites e é limitado”). Assim, quando uma
contradição aparecer numa exposição filosófica, ela deve ser considerada
falsa.
(ARANHA, Temas de Filosofia páginas 64-65): Negar o mito é negar uma das
formas fundamentais da existência humana. O mito é a primeira forma de dar significado
ao mundo: fundada no desejo de segurança, a imaginação cria histórias que nos
tranquilizam, que são exemplares e nos guiam no dia a dia. Os super-heróis dos
desenhos animados, dos quadrinhos e dos filmes.
Os
justiceiros e outros passam a encarnar o Bem e a Justiça e assumem a nossa proteção
imaginária, exatamente porque o mundo moderno, com inflação, sequestros,
violência e instabilidade no emprego, especialmente nos grandes centros
urbanos, revela-se cada vez mais um lugar extremamente inseguro.
No
campo político, certas figuras são transformadas em heróis, pregando um modelo
de comportamento que promete combater, além da inflação, a corrupção, os
privilégios e demais mordomias. Prometem, ainda, levar o país ao
desenvolvimento, colocando-o no Primeiro Mundo. Prometem riqueza para todos.
Têm de ganhar a eleição, não é?
Também
artistas e esportistas podem ser transformados em modelos exemplares: são
fortes, saudáveis, bem alimentados, têm sucesso na profissão — sucesso que é
traduzido em reconhecimento social e poder econômico —, são excelentes pais,
filhos e maridos, vivem cercados de pessoas bonitas, interessantes e ricas.
Como não mitificá-los?
Até
a novela, ao trabalhar a luta entre o Bem e o Mal, está lidando com valores
míticos, pré-reflexivos, que se encontram dentro de todos nós. Aliás, nas
novelas, o casamento também é transformado em mito: é o grande anseio dos
jovens enamorados, é a solução de todos os problemas, o apaziguamento de todas
as paixões e conflitos. Por isso quase todas terminam com um verdadeiro
festival de casamentos.
Só
que os astros transformados em mito são heróis sem poder real: têm somente
poder simbólico no imaginário da população.
E as
festas de formatura, de Ano Novo, os trotes dos calouros, o baile de quinze
anos, não são em tudo semelhantes aos rituais de passagem? Da morte de um
estado e passagem para outro?
Assim,
vemos que mito e razão se complementam nas nossas vidas. Só que o mito de hoje,
se ainda tem força para inflamar paixões, como no caso dos astros, dos
políticos ou mesmo de causas políticas ou religiosas, não se apresenta mais com
o caráter existencial que tinha o mito primitivo. Ou seja, os mitos modernos
não abrangem mais a totalidade do real. Podemos escolher um mito da sexualidade
(Madonna, talvez?), outro da maternidade, outro do profissionalismo, sem que
tenham de ser coerentes entre si. Sem que causem uma revolução em toda nossa
vida. Assim como houve uma especialização do trabalho, parece que houve uma
especialização dos mitos. De qualquer forma, como mito e razão habitam o mesmo
mundo, o pensamento reflexivo pode rejeitar alguns mitos, principalmente os que
veiculam valores destrutivos ou que levam à desumanização da sociedade. Cabe a
cada um de nós escolher quais serão nossos modelos de vida.
Hoje
em dia, os meios de comunicação de massa trabalham em cima dos desejos e
anseios que existem na nossa natureza inconsciente e primitiva.
7º Tema: FILOSOFIA E
RELIGIÃO – RAZÃO VS MITO.
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 3º ano. PARTE 2 (11questões)
* LEIA O TEXTO DA PÁGINA
47 E RESPONDAM AS QUESTÕES 6-10.
6) Em qual lugar e tempo histórico surgiu a Filosofia? Quem empregou
pela primeira vez a palavra Filosofia? O que significa PHILIA E SOPHIA?
7)
Cite uma necessidade de pensar filosoficamente e não mitologicamente?
8)
Quem era Abel Rey e o que ele defendeu?
9) Qual foi a defesa de Werner Jaeger sobre
Filosofia e mito?
10)
No surgimento da Filosofia, ela não foi uma inovação que rompeu radicalmente
com o discurso mítico e religioso? Por quê?
* LEIA O TEXTO DA
PÁGINA 48 E RESPONDAM AS QUESTÕES 11-12.
Neste texto o discurso filosófico
apresenta-se marcado por questionamentos sucessivos a cada afirmação, buscando
causas e compreensão racional.
11) No texto de Kant, tem características
específicas que não existe no texto de Eros e Psiquê, que são as
hipóteses(demonstrações) e questões racionais. De forma racional afirmou que
todo nosso conhecimento começa pela experiência sensível (CINCO SENTIDOS),
porém ele não surge apenas do empírico, ele é também produzido pela razão que
reflete além dos cinco sentidos. Cite três exemplos de conhecimentos que vêm do
empírico e mais três que vêm da razão.
12)
A mensagem principal no texto de Kant é apresentar argumentos lógicos para
distinguir entre o conhecimento Puro e Empírico. O objetivo dele é separar os
dois tipos de conhecimentos: Puro (razão) do Empírico (experiência sensorial).
Explique o que é conhecimento Puro (a priori) e Empírico (a posteriori)?
* LEIA O TEXTO DA PÁGINA 49-50 E
RESPONDAM AS QUESTÕES 13-15.
Neste texto o discurso mítico
apresenta-se com uma narrativa marcada por analogias, metáforas e
parábolas.Utiliza-se da simbologia e representação para explicar.
13) Eros se apaixonou pela beleza de
Psiquê. Mas por que ele não se revelou para ela como um deus, e sim como um
mostro?
14)
O objetivo do texto de Eros e Psiquê é apresentar uma história que possa
explicar a relação que existe entre o amor e a alma. Segundo o texto, qual o
ingrediente principal para manter essa relação?Por quê?
15)
A mensagem principal no texto de Eros e Psiquê é contar um enredo com
personagens associados ao amor e a alma para explorar os vínculos entre os
dois. As características específicas que não existe no texto de Kant, são a
existência de conflitos e relação que envolvem deuses e humanos. Cite os
sentimentos e emoções que surgiram nas irmãs de Psiquê, em Afrodite, em Zeus,
na Psiquê e em Eros.
16)Releia as questões 11-15 para responder as
perguntas na página 51 Cad. do aluno Vol 1.
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8º Tema: O HOMEM COMO
ANIMAL POLÍTICO.
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 3º ano. VOL.1
1) Para você, Política
não se discute? Por quê?
2) O que você pensa sobre a palavra política?
Você é um político?
3) Quais os
diferentes significados da palavra POLÍTICA em cada frase na página 57.
4)
Etimologicamente, qual o significado da palavra Política e Político? VER PÁGINA
57.
5) Em Platão e Aristóteles, a
palavra política está associada a uma forma de vida, a uma necessidade natural.
Qual é? VER PÁGINA 57.
* LEIA O TEXTO DAS PÁGINAS
58-59. PARA RESPONDER AS QUESTÕES 6-13.
6) Política para os gregos era uma coisa sagrada, dada por deus. Por que
hoje não é mais sacra?
7) A cidade só vai
existir se todos tiverem parte na virtude da civilidade. Segundo o mito de
Protágoras, qual seria a punição para os incapazes de justiça e pudor? Escreva
a frase e o seu parecer a favor ou contra a pena de morte. Justifique-se.
8) Para Protágoras, todos ensinam virtudes? Por quê?
9) Em nossa
sociedade, as mídias ensinam virtude? Explique.
10) Quais foram os recursos dados aos homens por Prometeu? Por qual motivo ele os deu?
11) Aristóteles e Protágoras
concordam que o homem deve viver em comunidade. Eles discordam nos motivos que
levam o homem a viver na Polis. Quais são eles? Defina-os.
12) Reescreva o significado dessas palavras: PRUDÊNCIA: Agir com sabedoria e cautela no
momento certo para evitar um mal – PUDOR: sentimento de vergonha por fazer algo
desonesto e antiético. O pudor impede o abuso de poder e atitudes que possam
causar vergonha perante a cidade. JUSTIÇA: Praticar o que é correto; Defender
os direitos de alguém (principalmente dos indefesos). A noção de justiça
permite encontrar as melhores ações sem prejudicar alguém em favor de outrem.
13)
Atividades no Cad. do Aluno página 60.
* LEIA O TEXTO DAS PÁGINAS
61-62. PARA RESPONDER AS QUESTÕES.
14) O que é significa essa frase:
“a natureza de uma coisa é o seu fim (desenvolvimento pleno)”. Cite um
exemplo.
15) Para Aristóteles, qual é a natureza e o
fim do ser humano?
16) Cite
as Três características que define o ser humano como o único animal políticos?
17) O que quis dizer Aristóteles em relação a
política, nesta frase: “Os animais tem vozes e o ser humano é o único que tem a
fala”.
18)
Atividade no Cad. do Aluno página 62.
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9º Tema: PLATÃO E A
JUSTA DESIGUALDADE - NATURAL
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 3º ano. VOL.1
1) O maior desafio da Política a ser superado é
a desigualdade social. Por que existe a desigualdade social? Ela surgiu da
natureza, da economia, de classes dominantes, de Deus? De onde? Qual a sua
opinião? Justifique-se.
VOCÊ SABIA: Que Péricles (500 – 429 a.C) governou Atenas durante 14 anos. O objetivo político de Péricles era fazer de Atenas uma democracia ideal, em que houvesse equilíbrio entre os interesses do Estado e dos cidadãos. Também pretendia que Atenas exercesse liderança sobre toda a Grécia. Era um homem de caráter forte, sóbrio, incorruptível e reservado. A desigualdade social já existia no berço da democracia: a democracia Ateniense era escravocrata, as mulheres, as crianças, os estrangeiros e os escravos não eram considerados cidadãos, somente os homens adultos, donos de terra e nascidos em Atenas que poderia gozar dos privilégios da cidadania. A DEMOCRACIA SÓ É JUSTA SE CONSIDERAR A PARTICIPAÇÃO E OPINIÃO DE TODOS NAS DECISÕES SOBRE A VIDA NA CIDADE..
* LEIA O TEXTO DA PÁGINA 68 . PARA RESPONDER AS
QUESTÕES 2-7.
2) Qual o objetivo principal da fala de Péricles, no rito fúnebre da
Grécia antiga?
3) Qual a forma de governo que Péricles vivia
e exaltava?
4) Para Péricles, não há vergonha na pobreza (desigualdade social) a
maior vergonha é?
5) Para Péricles, ousadia significa ignorância
e reflexão traz a hesitação? Por quê?
6) Cite as semelhanças e diferenças entre a nossa
democracia burguesa e a democracia ateniense.
7) Para
você, a democracia é o melhor sistema de governo para combater a desigualdade? Por quê?
8)
Leia O TEXTO PÁGINAS 70 -71 e responda
as atividades no Cad. do aluno páginas 71-73.
9) Semelhante a
Platão, Invente uma história fabulosa
para explicar o surgimento das classes sociais (Rica – média – pobre)
* LEIA O TEXTO DA PÁGINA 73-74 . PARA
RESPONDER AS QUESTÕES 9-1. .
10) Qual o
solução que o Platão encontrou para a desigualdade social?
11) Platão era
um revolucionário ou um reacionário quanto a participação da mulher na
política? Explique.
12)
Platão era a favor da escravidão de gregos? Por quê?
13) Como Platão definia a cidade justa, a
ideal?
14) Como Platão encarava as diferenças entre homens e mulheres?
15) Por que podemos considerar que os pensamentos sofisticados de
Platão, também sofreram limites pela cultura dominante da época?
VOCÊ SABIA: Que os meios de comunicação (propagandas), a despeito das conquistas já obtidas pelas mulheres, ainda acentuam o seu papel social de donas de casa ou de objetos sexuais e praticamente ignoram o fato de ocuparem espaços na política. Elas ainda têm as mesmas participações políticas com a dos homens? A nossa Democracia, ainda tem que melhorar? PENSE NISSO.
16) Faça a Atividade nº 2 no cad. do aluno página 75
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10º TEMA: ROUSSEAU E A
DESIGUALDADE – CONVENCIONAL – PARTE 1
Prof. Nédi Silva – Filosofia - 3º ano. VOL. 1 – páginas 77-93.
1) Qual a diferença da desigualdade
natural de Platão com a desigualdade convencional de Rousseau? E qual a solução
proposta por eles?
2)
CONVENÇÃO é aquilo que foi deliberado (decidido) e estabelecido por meio de
acordo entre as pessoas que vivem em comunidade. Toda convenção pode ser mudada
(como as leis, os costumes, os regulamentos, os valores e etc). NATURAL é algo que não esta no controle de
nossa vontade ou decisão (ex:
fenômenos naturais a nossa volta – fatores genéticos que nos influenciam). De
acordo com as definições, como você classifica a desigualdade no Brasil relacionada
com esta frase: “Se Deus é brasileiro o diabo também é”.
3)Responda
as perguntas das páginas 77 e 79.
4)TAREFA Extra Classe Pesquisa sobre ROUSSEAU nas págs.80-81.
* OBSERVANDO A IMAGEM P. 83, perceba as
diferenças entre o ESTADO NATURAL (índios brasileiros) e ESTADO CIVIL (portugueses).
Reflita sobre os aspectos físicos e morais dos índios relatados na carta de
Pero Vaz de Caminha p.82: ASPECTOS FÍSICOS : – Pardos e avermelhados. –
Bons rostos e bons narizes. – Bem feitos
– Andam nus, sem cobertura alguma. – Mulheres: tingiam o corpo, eram bem feitas,
redondas e graciosas (a ponto de envergonhar as mulheres brancas). – Homens:
também tingiam os corpos. – Não lavram a terra nem
criam animais. – Não conhecem o uso do
ferro.
ASPECTOS
MORAIS: – Não sentem vergonha de andar nus.
– São inocentes e ingênuos, fáceis de
enganar. – Desapegados de riquezas
(ouro, prata) – Alegres, gostavam de música e dança. – Afetuosos, amistosos, curiosos. – Bem-dispostos. – Pareciam não ter nenhuma crença (na
realidade tinham).RESPONDA AS QUESTÕES 5-6.
5) Defina o que é Estado Natural e Estado Civil.
6)Descreva
os aspectos físicos e morais dos portugueses, em comparação com as dos índios.
7)
O que significa essa frase de Rousseau: “ o homem nasce bom e a sociedade o
corrompe”.
8)
O que são PERFECTIBILIDADE E PIEDADE? Quais seus resultados?
9) ATIVIDADES
NO CAD. ALUNO PÁG.86 ................................................................................................................................................................
RESUMO
DOS TEXTOS PÁGS. 77, 78; 82-85: Rousseau é um dos principais pensadores
da concepção jusnaturalista ou contratualista. Suas obras serviram de
referencial à Revolução Francesa e permanecem como fundamentais ao entendimento
do que conhecemos por Estado moderno. Esse filósofo iluminista Rousseau
(Genebra, Suíça, 1712-1978) dedicou-se a investigar as origens da desigualdade
que ele chamou de “moral ou política”, isto é, da DESIGUALDADE SOCIAL,
procurando compreender o processo pelo qual ela foi gradualmente instituída
pelos homens, desde os tempos mais remotos, até chegar ao estado em que se
encontrava à época em que ele vivia (Europa do século XVIII). Ele não levou em
consideração as explicações dadas pela religião, segundo as quais a
desigualdade resultaria da vontade de Deus, preferindo deixar de lado os dogmas
da fé e, fazendo uso apenas da razão; e não se limitando as observações
biológicas de Aristóteles e de outros. Rousseau distinguiu desigualdade natural
de desigualdade convencional, esclarecendo que é desta última que irá tratar na
sua obra. Também alertou que utilizou raciocínios hipotéticos e condicionais e
que, por isso, suas conclusões não podem ser tomadas como verdades históricas. É apenas uma maneira racional de buscar
soluções apoiado na compreensão da passagem do estado de natureza ao estado
civil que desembocou na desigualdade social.
Segundo Rousseau (no Discurso
sobre a origem da desigualdade entre os homens), antes de existir no estado
social, isto é, de viver em sociedade, o homem existia no estado de natureza. Do
ponto de vista físico: levava vantagem sobre os animais; satisfazia suas
necessidades naturais (alimentação, reprodução, abrigo etc.) sem grandes
dificuldades; era mais robusto e ágil do que qualquer homem dos tempos atuais;
praticamente não conhecia doenças; tinha vista, audição e olfato mais
desenvolvidos.
Em suma, no estado de natureza, o homem era
fisicamente melhor do que atualmente. Do ponto de vista moral: constituía-se
como “agente livre” que vence os instintos naturais para se auto fazer; possuía
duas características inatas, a saber: a
PERFECTIBILIDADE e a PIEDADE.
* PERFECTIBILIDADE, isto é, sua “faculdade de
aperfeiçoar-se” . Ao contrário do animal que sempre será o mesmo para o resto
de sua vida e geração, o homem pode, com o auxílio das circunstâncias,
desenvolver suas potencialidades, as quais se encontram tanto no indivíduo
quanto na espécie. Infelizmente, diz Rousseau, justamente “essa faculdade distintiva, e quase ilimitada, é a fonte de todas as
infelicidades do homem; é ela que o tira, por força do tempo, do estado de
natureza em que vivia tranquilo e inocente”.
* PIEDADE – única virtude primordial e natural
que guiava os sentimentos e ações de todos os homens. Ela é entendida como a
rejeição do sofrimento de seu semelhante. É dessa ideia que decorre a tese do BOM SELVAGEM atribuída a Rousseau: “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”.
É ela que nos leva, sem reflexão, a
socorrer aqueles que vemos sofrer; é ela que, no estado de natureza, toma o
papel da lei, do costume e da virtude, com a vantagem de que ninguém é tentado
a desobedecer-lhe sua doce voz; é ela que impede qualquer selvagem robusto de
arrebatar uma criança fraca, ou um velho enfermo. Ela é o primeiro sentimento
de humanidade. Dessa virtude natural é que resultam as virtudes sociais como a
generosidade, a clemência, a humanidade, a benquerença e a compaixão pelos
sofrimentos alheios.
Dela surge o “AMOR DE SI” movido pela piedade e voltado para a preservação da vida. Já o “AMOR-PRÓPRIO”
é socialmente adquirido e faz com que cada um se preocupe mais consigo mesmo do
que com os demais, sendo, assim, responsável por muitos males, tais como:
individualidade, egoísmo, guerras, competitividade, capitalismo selvagem, e
etc.Valorizando apenas condições de consumo e apropriação de bens,
profundamente desigual.
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11º Tema: FILOSOFIA e
CIÊNCIA – APROXIMAÇÕES
E DISTANCIAMENTOS Prof. Nédi Silva – FILOSOFIA - 3º
ano. Situação de Aprendizagem 1.Cad. do Aluno Vol. 2.
* 1ª TAREFA - LEIA A BREVE EXPLICAÇÃO NESTA FOLHA E O
TEXTO DAS PÁGINAS 5-6 . DEPOIS RESPONDA NO CAD. DO ALUNO VOL. 2 AS TRÊS
PERGUNTAS DA P. 6. ......................................................................................................................................................................................
.*
2ª TAREFA - LEIA NO CAD. DO ALUNO
VOL.2 O TEXTO DAS PÁGINAS 7-9 PARA RESPONDER
AS QUESTÕES 1-16, NO CAD. NORMAL.
1) Na Antiguidade
Grega, havia distinção entre Filosofia e Ciência? Por quê? Como era considerada
a Filosofia nesta época?
2) O
que é conhecimento Físico e Metafísico?
3) Os primeiros filósofos estudavam só
filosofia, ou refletiam sobre outras questões? Quais?
4) Quais
as duas grandes questões principais da Antiguidade que os filósofos
concentravam?
5) O que é Teologia?
6) Por que a Filosofia é considerada a mãe dos saberes?
7) A partir de qual período a
Física, a Matemática, a Química e a Biologia foram conquistando autonomia em
relação à Filosofia?
8) Quem era Isaac Newton? Em que século ele
viveu? Qual o nome do livro de Newton que sugere uma separação da Filosofia e
da Ciência?
9) Os pré-socráticos, principalmente os
atomistas Leucipo e Demócrito, foram grandes especulações teóricas em Filosofia
Natural. Atualmente, como é chamada a Filosofia Natural que estudava somente a
natureza e o universo físico?
10) Explique
o conceito de Ciência?
11) Explique
o que é neutralidade Cientista em relação ao objeto investigado? Você acredita em neutralidade Cientista? Por
quê?
12)
Quais temas relativos à produção do conhecimento, que a Filosofia passou a
dedicar, depois da separação com a Ciência?
13) O que
contribuiu, de fato, para a separação da Filosofia e da Ciência – do discurso
filosófico e do científico?
14)
Resumidamente e com suas palavras, escreva as principais aproximações entre um
discurso filosófico e discurso científico.
15)
Resumidamente e com suas palavras, escreva as principais diferenças entre um
discurso filosófico e discurso científico.
16) Por que os dois tipos de textos
filosóficos e científico contribuiu para a formação do cidadão?
......................................................................................................................................................................................
* 3ª
TAREFA - RESPONDA NO
CAD. DO ALUNO VOL. 2 AS QUATRO PERGUNTAS DAS PÁGS. 9-10. E EM GRUPO FAÇA A LIÇÃO DE CASA. ......................................................................................................................................................................................
Breve Explicação: UMA
TEORIA FILOSÓFIA DIFERE-SE DE UMA TEORIA CIENTÍFICA: A Filosófica é Formular um
conceito de verdade sobre alguma coisa baseado puramente no raciocínio lógico e
abstrato. A Científica é uma soma de hipóteses
(ponto de partida para demonstrar algo) que após verificação, confirma ou
explica uma realidade. Toda teoria nasce primeiramente como uma teoria
filosófica, e somente torna-se científica quando é submetida ao experimento e
comprovação.
O
filósofo e o cientista tentam ao máximo, não se basearem em suas próprias
opiniões “achismos” para investigar e observar qualquer coisa. Observando os
textos na página 5 e 6 do Cad. do aluno vol. 2, nenhum dos textos traz opinião
de seus autores.
No texto
filosófico, a conclusão surge depois de uma observação e reflexão lógica sobre
a morte, por isso, as informações do filósofo têm sua fonte não no ambiente
externo, mas em um processo reflexivo e introspectivo; elas não são confirmadas
por dados nem números, mas apenas pelo conhecimento, pela sabedoria do próprio pensador.
Já no
texto científico, por sua vez, a conclusão surge depois de análises e
comparações de dados.
As informações presentes no texto
científico são dados de pesquisas baseadas em registros, índices etc., e
pautam-se em números, porcentagens e datas, entre outros. A informação
apresentada em cada um dos textos está na forma como são relatadas e na
construção do argumento. No texto filosófico, o autor mescla informação
histórica com sua reflexão sobre a morte. No texto científico, o autor ou os autores
descrevem dados estatísticos.
As diferenças que chamam mais a atenção
entre os dois textos, é que: A FILOSOFIA utiliza diversos gêneros
textuais para expressar suas ideias: cartas, poemas, diálogos, ensaios. A
CIÊNCIA NÃO FAZ USO DE TANTOS GÊNEROS TEXTUAIS; seu modo de expressão é basicamente
o relatório de pesquisa e o artigo científico.
A Filosofia
questiona métodos e finalidades da Ciência. A Ciência utiliza instrumentos para
construir dados estatísticos (telescópios, microscópios entre outros), e a
Filosofia não está associada ao uso de instrumentos e experimentos; apenas
utiliza a reflexão.
É por isso, que no texto de Montaigne, ele pensou sobre a morte
valendo-se da própria experiência e sabedoria, sem referências a dados gerais
sobre mortalidade em seu tempo e em seu país.
E
no texto de Julio Jacobo Waiselfisz apresenta dados gerais sobre a mortalidade,
a partir de estudos populacionais. A reflexão de Montaigne é subjetiva e o
relatório científico procura apresentar dados baseados em informações
objetivas.
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12º Tema: LIBERTARISMO .
Prof. Nédi Silva – FILOSOFIA - 3º
ano. Situação de Aprendizagem 2 - Cad. do Aluno Vol. 2.
1) No Brasil, em qual artigo da
Constituição Federal a liberdade esta garantida como um direito?
2) Todos podem escolher com liberdade a profissão que exercem ou vão
exercer? Por quê?
3) Quais são as três concepções de liberdade?
4)
Para Aristóteles, o que é libertarismo? Você
concorda com ele?
5) Explique o que é
agir involuntariamente? Cite um exemplo.
6) Explique a diferença entre
agir por ignorância e agir na ignorância. Cite exemplos.
7) A
escolha é a base do Libertarismo? Por quê?
8) Para
Aristóteles, alguém se passaria por tolo se afirmasse que tem a capacidade de
escolher coisas impossíveis. Por quê?
9)
Qual o maior problema dessa concepção de liberdade? Cite exemplos.
10) Explique na P. 23, refletindo
sobre o libertarismo, se a indústria tabagista deve ser responsabilizada pelos
malefícios provocados à saúde do fumante? ANTES, LEIA O TEXTO DA P. 22.
11) Leia o
Texto das págs. 23-24, e depois respondam no cad. do aluno as questões das
páginas 25-26. ......................................................................................................................................................................................
Breve Explicação: A liberdade é, sem dúvida, um dos valores mais
defendidos no mundo atual. Ela é considerada um direito inalienável na
Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Constituição da
maioria das nações. No caso do Brasil, esse direito é garantido pelo artigo 5º
da Constituição Federal. Mas será que todo mundo entende a liberdade da mesma
forma? Em nome desse valor moral tão exaltado já não se cometeram horríveis
atrocidades? Será que ela se aplica da mesma maneira a todas as pessoas e
classes sociais? Por exemplo, a Constituição brasileira diz, no artigo 5º,
inciso XIII, que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Na
prática, porém, todos podem escolher com liberdade a profissão que exercem ou
vão exercer? O inciso XV do mesmo artigo diz que “é livre a locomoção no
território nacional”. Mas todos têm iguais condições para decidir, por exemplo,
quando, como e para onde desejam ir nas férias ou nos feriados prolongados?
Existem três concepções de liberdade, a saber: 1º libertarismo – 2º determinismo – 3º dialética. Vamos estudar cada uma para analisar e problematizá-las, assim descobriremos qual delas é a melhor.
1ª
LIBERTARISMO: Para
Aristóteles, o libertarismo é a possibilidade do indivíduo decidir e agir
conforme sua própria vontade, sem interferências externas . Ser livre é agir
voluntariamente, segundo a vontade do próprio agente que esta ciente dos
resultados que terá com suas escolhas. O que é agir involuntariamente? É quando a sua
escolha não depende totalmente de sua vontade, você se torna forçado a fazer uma
determinada coisa. Muitas vezes a ação involuntária se dá por ignorância, por não
saber fazer o correto. Existe uma diferença entre agir por ignorância e agir na
ignorância. POR IGNORÂNCIA, a ausência da informação é a causa da ação. Ex: Uma
criança, acidentalmente corta a mão, brincando com uma faca. NA IGNORÂNCIA: a
ausência da informação não é a causa, mas outra coisa desencadeia a ação. Ex:
João, nervoso, deu um soco em seu irmão.
Aristóteles, ainda acrescenta: existem certas ações que mistura o caráter
voluntário e o involuntário. Elas são
escolhas que se dá em função das circunstâncias do momento. Por exemplo: * Um
terrorista que decide se auto explodir para matar os inimigos que querem
conquistar a sua pátria. * Lançar ao mar
tesouros por causa da tempestade, em nome da segurança da embarcação.
A ESCOLHA É A BASE DO
LIBERTARISMO.
O que é
escolha? É a capacidade de decidir, vontade própria, ou seja, depende do
pensamento racional que analisa e investiga antes de agir. Somente os seres humanos tem essa capacidade
racional, os animais não são capazes de decidir. Ex:
Passarinho morre de fome perto de uma vasilha cheia de carne. Já o homem cozinha esta carne e come. Será
que podemos escolher o que quisermos, ou certas coisas interferem em nossas
decisões? Muitas coisas fogem da nossa capacidade de escolher, elas acontecem
sem a nossa ação inicial. Por exemplo, um pneu que fura na estrada, as secas,
as chuvas, doenças hereditárias, apaixonar-se por alguém e etc..
ENTÃO, PODEMOS CONCLUIR QUE AS NOSSAS ESCOLHAS
DEPENDEM DAQUILO QUE ESTA AO NOSSO ALCANCE. Por isso, Aristóteles disse: a
escolha não pode visar a coisas impossíveis, e se alguém declarasse que as
escolheu passaria por tolo.
O PROBLEMA DESSA
CONCEPÇÃO DE LIBERDADE, É QUE NÃO SE É TÃO LIVRE QUANTO PENSA. POIS A ESCOLHA DEPENDE DAQUILO QUE ESTA AO
NOSSO ALCANCE. ASSIM, A LIBERDADE TOTAL SE TORNA IMPOSSÍVEL.
Exemplo: O
médico pode escolher o melhor tratamento para um paciente que não pode pagar e
que o hospital não possui recursos? O professor pode escolher os melhores
recursos didáticos numa escola sem biblioteca, sem laboratório, sem
equipamentos tecnológicos? Ele pode escolher dar uma boa aula sem o interesse
dos alunos e sem a ajuda dos responsáveis por esses alunos?
..................................PARA
REFLETIR:....................................... Segundo a Bíblia, o homem faz um mau uso do
seu livre-arbítrio, por isso, a indústria tabagista se defende argumentando que
o fumante tem seu livre-arbítrio e ela não é culpada pelos males advindos pelo
uso do cigarro, o fumante é o único responsável, ninguém o obrigou a fumar! Assim,
não deveriam pagar a indenização.
.........................................................................................................................................................................................................................
13º Tema: DETERMINISMO.
Prof. Nédi Silva – FILOSOFIA - 3º
ano. Situação de Aprendizagem 2 - Cad. do Aluno Vol. 2.
1ª ATIVIDADE – LEIA A BREVE EXPLICAÇÃO E RESPONDA DA 1-6.
1) O que é
Determinismo? Cite exemplos.
2)
Para Hobbes, o homem é livre até que ponto? Explique.
3)
O que é FATALIMO e PROVIDÊNCIA?
4)
Produza um texto sobre as diferenças entre Determinismo e Libertarismo.
5) Como Hobbes conciliou o determinismo com o libertarismo?
6)
Explique o determinismo nas explicações científicas.
7) Para você, a
previsão científica seria a mesma previsão de uma cartomante? Quais são as
diferenças?
2ª ATIVIDADE: Reescreva, brevemente, o
mito de Édipo. LEIA-O
NAS PÁGS. 31-33.
3ª ATIVIDADE: Leia o Texto da pág. 38 “A CHEGADA DE LAMPIÃO NO CÉU” e responda
a questão na pág. 39.
4ª ATIVIDADE: Responda as questões do Cad. do aluno nas
páginas 28; 30-31; 33-34; 37 e 40.
......................................................................................................................................................................................
Breve
Explicação: Vamos aprofundar a discussão
sobre liberdade, abordando um tema de grande relevância para a Filosofia, que é
o DETERMINISMO. Segundo a concepção determinista, o mundo, os acontecimentos e
até o comportamento humano estão predeterminados por leis da natureza ou por
forças divinas que fogem do nosso controle, assim o sentimento de liberdade se
torna impossível, não passa de uma ilusão. Por isso, devemos refletir: será que
somos livres para fazermos as nossas próprias escolhas ou as nossas escolhas
sofrem influências de forças externas? Eu compro um carro que eu quero ou
conforme o valor que eu tenho em dinheiro? É você que escolhe a pessoa que quer
amar, ou uma força interior que te atrai a ela? A nossa decisão é muito pequena
perante os fatores ocultos que a influencia. Será que o destino existe? Se ele existe, então, tudo está determinado, a
rigor não há ato voluntário nem escolha. As circunstâncias me levam a agir,
assim, não sou eu quem escolhe, mas as circunstâncias escolhem por mim. Daí também não podermos ser
moralmente responsabilizados pelo que fazemos, visto que não poderíamos tê-lo
feito de outro modo.
PARA O FILÓSOFO HOBBES, a água é livre para
correr, mas ela tem a necessidade de desaguar no mar. Em outras palavras, o
homem é livre para fazer o que tem vontade, mas não é livre para escolher a
vontade, o desejo e a inclinação que tem. Portanto, existem pessoas que nascem,
geneticamente, inclinadas aos vícios, prazeres, opção sexual (homossexuais), para
a bondade e para a maldade. E por mais que elas se
esforcem, a natureza sempre vai direcioná-los. Severino
quando morreu, personagem do Filme O Auto da Compadecida, foi absolvido porque
as circunstancia da vida miserável que levara, o forçou aos crimes e pecados
que cometera.
O Determinismo expressa em duas formas de
pensamento ou crenças, uma não tem caráter religioso, a outra tem: FATALISMO e
PROVIDÊNCIA.
FATALISMO é
um Determinismo de causas naturais: O nosso destino não esta em nossas mãos,
mas em forças sobrenaturais, que pode se manifestar geneticamente,
economicamente, culturalmente e etc.
PROVIDÊNCIA é um determinismo de causas espirituais
divinas, latim providentia e significa conhecer, ver ou descobrir
antecipadamente. Quando afirmo, se Deus quiser, estou dizendo se deu certo é
porque Deus quis se deu errado é porque ele não quis. Logo, por este
raciocínio, seja qual for o resultado de uma ação, ele pode ser atribuído a
Deus e aos seres espirituais, angelicais ou demoníacos.
O tema da providência foi objeto
da preocupação de vários filósofos ao longo da história. Alguns deles, porém,
procuraram conciliar a tese da ordenação divina com a liberdade do homem. Um
desses foi o inglês Thomas Hobbes, que viveu entre os séculos XVI e XVII, e que
procurou eliminar a contradição entre providência divina e livre-arbítrio. Para
ele, a vontade, o desejo e a inclinação do homem derivam de outras causas, que
não depende dele, exclusivamente. Precisamente, derivam de uma cadeia de causas,
cuja origem está em Deus, que é a causa primeira de tudo. Assim, as ações
praticadas pelos homens derivam em parte de sua própria vontade (liberdade) e
em parte da providência divina (necessidade). Liberdade e necessidade,
portanto, são conciliáveis, ou seja, operam juntamente.
Como vemos, o determinismo é o
extremo oposto em relação ao libertarismo. Enquanto o libertarismo afirma que
as circunstâncias externas são totalmente desconsideradas, em nome da
preservação da liberdade, no determinismo as circunstâncias são as únicas que
contam. O problema do determinismo em explicar a liberdade é negar a livre
escolha do sujeito, de fato, as circunstâncias externas determinam, em alguma
medida, o comportamento humano, mas isso não significa que o homem seja mera vítima
dessas circunstâncias, como havia concluído Thomas Hobbes.
PARA
REFLETIR:
O DETERMINISMO CIENTÍFICO: A Ciência, por meio de seus instrumentos e
cálculos prevê que ocorrerá um eclipse total, que poderá ser visto no Brasil,
só em 2045. Se hoje, estou ciente que haverá um eclipse total do Sol em 2045,
então este evento futuro já está determinado e não há nada que possa
interferir, ou que possamos fazer para impedi-lo?
...................................................................................................................................................................
PARA
O EPICURISMO, a
felicidade reside em afastar os medos que nos trazem infelicidade (como o medo
dos deuses, do mal que é o sofrimento e da morte), não se deve acreditar no
destino, habituar- se a uma vida simples e buscar o prazer com prudência,
submetendo-o ao exame e à reflexão, é filosofando que se afasta daquilo que
traz sofrimento e daquilo que nos aproximam da felicidade. HEDONISMO EPICURISTA É BUSCAR O PRAZER SEM O DESPRAZER. Daí a
importância da Filosofia
para a conquista da felicidade. Mas como
chegar à Felicidade, para Epicuro? Epicuro nos orienta a posicionarmos de
quatro maneiras (QUATRO REMÉDIOS) para alcançarmos à Felicidade, que são:
1º “Não tenha medo dos deuses”. Eles estão em um mundo distante do nosso. Eles são seres felizes e despreocupados, e em nada interferem em nossas vidas.
2º “Não tenha medo da morte”. Pois não temos como saber se ela é um bem ou um mal. Enquanto estamos vivos ela esta ausente, quando ela chega, nós não estaremos presentes. O sábio não despreza a vida em qualquer situação, e nem se apega a vida, desejando a imortalidade.
3º “Não acredite em destino e nem na sorte”, como formas de felicidade. Essas crenças são motivos de perturbação de nossa alma. O futuro se constrói sobre a influência de nossas ações e de fatores externos (pessoas e situações).
4º “Buscar os prazeres que se prolongam”, afastando dos prazeres que trazem mais sofrimento, do que gozo. Nem tudo que desejamos esta ao nosso alcance, por isso, se deve extrair prazer daquilo que temos (coisas simples), por exemplo: amizade.
...................................................................................................................................................................
14º Tema: DIALÉTICA
DA LIBERTADE
Prof. Nédi
Silva – FILOSOFIA - 3º
ano. Situação de Aprendizagem 4 - Cad. do Aluno Vol. 2.
1) Leia o texto a seguir, e depois responda no CAD.
DO ALUNO
Vol. 2 as questões das páginas 44,45,46,47 e 48. ........................................................................................................................................................................................................................
Breve
Explicação: Vimos
que tanto o libertarismo como o determinismo levantam questões importantes sobre
o problema da liberdade, mas não oferecem respostas suficientes para ele. Enquanto
o libertarismo
afirma que as circunstâncias externas são totalmente desconsideradas, em nome
da preservação da liberdade, no determinismo as circunstâncias superam e influenciam
todas as escolhas do indivíduo, assim, a pessoa se transforma em um “fantoche”
nas mãos do “destino”: biológico, econômico, social, cultural, divino e etc.
Existiria uma posição capaz de aproveitar a contribuição positiva do
Libertarismo e do Determinismo e, ao mesmo tempo, superar suas limitações? Sim,
ela se Chama:
DIALÉTICA DA LIBERDADE. Mas o que vem a ser dialética? Em um sentido
mais geral a palavra Dialética está
associada à ideia de: argumentações,
diálogos, mudanças, oposição, conflitos gerados pelas contradições teóricas e
práticas, semelhante a uma onda no mar.
A PALAVRA DIALÉTICA ADQUIRIU VÁRIOS
SIGNIFICADOS
AO LONGO DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA:
O primeiro a
desenvolver esta forma de pensar foi o filósofo HERÁCLITO (600 a.C) que percebeu que tudo o que existe deixa de ser
o que é para ser uma coisa contrária a si mesmo, exemplo: dia e noite, vida e
morte, luz e escuridão, tristeza e alegria, quente e frio, amor e ódio, acaso e
necessidade, beleza e feiura, enfim, tudo carrega em si, sua própria negação,
para se transformar em seu próprio contrário, em um movimento infinito. Por
isso, ele afirmou: “Nada é imóvel, nem
imutável, isto é, nada permanece aquilo que é; ao contrário, tudo está em
movimento, tudo muda, tudo se transforma, tudo é devir”(...) “Não se pode
entrar duas vezes no mesmo rio, porque tanto a água como a pessoa já não são as
mesmas” (...) “ O motor dessa transformação é a contradição que esta contida em
todas as coisas”.
*
SÓCRATES E PLATÃO ( lV a.C) era o
discurso, o diálogo contraditório que expunha o raciocínio das pessoas que
estão em um debate, para superar as opiniões particulares e atingir o conhecimento verdadeiro.
* HEGEL (XVIII e XIX) As contradições
do pensamento humano (as ideias, a consciência) são o espírito humano, ou seja,
o motor que constrói a história, que é dialética e, que se movimenta em um
ciclo repetitivo de: Tese – Antítese – Síntese. Por isso, para ele “A
consciência determina a vida”. O pensamento contraditório faz a história
humana.
* MARX e Engels – Para ele, a realidade, o mundo, a
sociedade também estão permeados por contradições, mas estas não derivam do
pensamento, e sim do modo como os homens produzem a sua existência material,
nas relações sociais contraditórias que determina quem tem os meios de produção
(capitalista) e quem tem a força de trabalho (proletário) “A história de toda sociedade
existente até hoje tem sido a história das lutas de classes”. Ou seja, a
luta de classes é o motor que transforma toda a história: o homem livre e o escravo, patrício e plebeu, senhor e servo,
mestre de corporação e companheiro, em uma palavra, opressor e oprimido, em
constante oposição, têm vivido uma guerra ininterrupta, ora disfarçada, ora
aberta em todas as épocas, até mesmo, nos dias atuais. Não é o pensamento
contraditório que determina a vida, para Marx, mas a luta de classes diferentes é que
determina a consciência, ou seja, gera os pensamentos contraditórios que faz a realidade
material.
DIALÉTICA DA LIBERDADE, em conclusão, é o confronto de
coisas, das ideias contraditórias que fazem união, para buscar suas
superações. Devemos entender que o Homem é um
CONJUNTO DE RELAÇÕES SOCIAIS, isto é, o homem não pode ser
concebido como um ser abstrato, isolado, fora da realidade em que vive, segundo
a sua liberdade para agir. Mas, sim, como um ser que vive em sociedade, e nessa
relação social as suas escolhas são influenciadas, porém, ele pode superar, essas
influências com o uso reflexivo da sua inteligência.
PARA REFLETIR:
As circunstâncias fazem os homens,
assim como os homens fazem as circunstancias. O Homem é um ser ativo e passivo
na história. Até onde vai o poder humano de fazer história? Não podemos tudo,
mas tem coisas que podemos, e é nesta margem de possibilidades limitadas é que
podemos fazer valer a nossa liberdade.
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15º Tema: FILOSOFIA
E LITERATURA Prof. Nédi
Silva – FILOSOFIA - 3º
ano. Situação de Aprendizagem 5 - Cad. do Aluno Vol. 2.
1) Qual o
objetivo desta aula?
2) Explique o que é um discurso
filosófico, literário, científico e religioso.
3)
O filósofo se utiliza de qual gênero literário? Cite exemplos.
4) O que é a literatura (poesia) para Platão, Aristóteles e Hegel?
5) Quais as três maneira de separar Literatura e Filosofia?
6) Leia os três poemas (A-B-C), nesta
folha, descubra a qual discurso eles pertencem e porque você chegou a essa
conclusão. Um poema é do Rei Salomão, outro é do Prof. Nédi e outro é de
Fernando Pessoa.
7) RESPONDER AS QUESTÕES DAS
PÁGS 50, 52 e 53 no CAD. DO ALUNO Vol. 2
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Breve Explicação: O objetivo desta aula é pensar a distinção e a aproximação
entre o discurso filosófico e a Literatura. Compreender que O DISCURSO
FILOSÓFICO É CAPAZ DE NARRAR O PENSAMENTO REFLEXIVO, sobre os temas mais
profundos da existência humana e sobre os discursos literários, científicos, jurídicos
e religiosos. Os textos filosóficos são teses defendidas que estão apoiadas em
argumentos. O que mais dificulta separar um texto filosófico de outros, é o
fato, de o discurso filosófico manifestar-se através de uma grande variedade de
gêneros textuais diferentes. O
filósofo pode utilizar uma poesia, um aforismo, um diálogo, uma autobiografia,
uma apologia, um tratado científico, uma crônica e etc. É bem mais
fácil diferenciar a Filosofia de narrativas religiosas, científicas e
jurídicas. Porém, diferenciar a Filosofia da Literatura é mais difícil. Mas, Platão tenta separá-las
considerando que a Poesia busca comover e que a Filosofia procura a verdade
racional. O bom poeta, segundo ele, é aquele que sabe provocar em nós as
emoções apropriadas. Aristóteles considerava
o discurso poético como aquele que representa coisas fictícias como possíveis,
enquanto a Filosofia é um discurso que descreve
como é o que existe. Hegel considerava que a arte
representa o universal sob a forma da sensibilidade dos indivíduos, ao passo
que a Filosofia representa o universal sob a forma de conceito (ideia da coisa
em si). Assim, baseado nestes três filósofos, podemos afirmar que o discurso literário se diferencia do
filosófico de três maneiras: 1º A
Literatura tem caráter fictício (lembrando que filósofos podem fazer uso de
situações fictícias para construir a argumentação). 2º Representa
o universal sob a forma da sensibilidade dos indivíduos. 3º O discurso da Literatura procura provocar emoções, e o da
Filosofia suscita reflexões. A dificuldade em distinguir essas duas áreas
reside justamente no fato de que a Literatura também provoca reflexões e o
texto filosófico muitas vezes faz uso de narrativas fictícias como ferramenta para
seus argumentos
POEMA (A):
VOAR SEM ASAS? Sim, possível é.
Mais belo que o voo das aves... Mais alto que voo da águia...Mais rápido do que
um cometa. QUEM ÉS TU? Sou aquela que não se prende as palavras... Sou
flexível, insondável, intangível, voraz e misteriosa... Sou a pulga atrás da
orelha... Sou veneno e ventania impetuosa.
ONDE MORAS? Nas planícies, nos
vales, nos mares, nos picos dos montes, enfim... Em todos os lugares. POSSO FICAR COM VOCÊ? Sim, e a cada momento
juntos. Deliciar-se-á com cada encontro delirante. Serei sua eterna amante.
Despida... Sempre: nua e provocante. Mas
não se turbe ao conscientizar. Que tenho
que me envolver com outros amásios. Para propagar o meu sabor. Para exalar o
meu amor. Para excitá-los como uma prostituta. Que depois de dar seu calor,
vai-se embora. PARA ONDE VAIS? Para o
sul, norte, leste e oeste... Para alem
das fronteiras da sua imaginação. Viajo
na cabina da agulha que tece o universo em expansão. POSSO ENCONTRÁ-LA NOVAMENTE? Sim... Se com esforço conseguir a cada dia:
Desbanalizar o banal... Ver a verdade por trás das aparências ...Transpor os
tabus sociais e culturais... Para refletir e repensar - Usando a sua
inteligência. Assim me acharás... Somente assim descobriras. Que
sou a Sabedoria. E todo aquele que me ama sabe... Que nada sabe!
POEMA (B): A sabedoria clama em alta voz nas ruas, ergue
a voz nas praças públicas; nas esquinas das ruas barulhentas a ela clama, nas
portas da cidade faz o seu discurso: “Até quando vocês, inexperientes, irão
contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão
prazer na zombaria? E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento? Se
acatarem a minha repreensão, eu lhes darei um espírito de sabedoria e lhes
revelarei os meus pensamentos. Vocês, porém, rejeitaram o meu convite; ninguém
se importou quando estendi minha mão! Visto que desprezaram totalmente o meu
conselho e não quiseram aceitar a minha repreensão, eu, de minha parte, vou
rir-me da sua desgraça; zombarei quando o que temem se abater sobre vocês como
uma tempestade, quando a desgraça os atingir como um vendaval, quando a
angústia e a dor os dominarem. Então vocês me chamarão, mas não responderei;
procurarão por mim, mas não me encontrarão. Visto que desprezaram o
conhecimento e recusaram o temor a mim, não quiseram aceitar o meu conselho e
fizeram pouco caso da minha advertência... Pois a inconstância dos
inexperientes os matará, e a falsa segurança dos tolos os destruirá; mas quem
me ouvir viverá em segurança e estará tranquilo, sem temer nenhum mal. Se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como
quem busca um tesouro escondido, então
você entenderá o que é temer a mim e achará o meu conhecimento
POEMA (C): Começo a conhecer-me. Não existo. Começo a conhecer-me.
Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram, ou metade
desse intervalo, porque também há vida... Sou isso, enfim... Apague a luz,
feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor. Fique eu no
quarto só com o grande sossego de mim mesmo. É um universo barato.
REFLEXÃO DO POEMA C: O autor reflete e destaca que o ser humano é formado
por uma série de fatores internos e externos, o que não permite uma posição
definitiva sobre o que somos. Por isso, se expressa como um intervalo, que
significa o momento da construção da nossa identidade, personalidade e do nosso
eu. Somente aquele que tenta se conhecer, encontra dificuldades em dizer quem é
definitivamente. Somos um mistério, mergulhados entre o nada e o tudo. Somos
nada perante o tudo. Somos tudo perante o nada.
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16º Tema: A
FELICIDADE, SEGUNDO O ESTOICISMO E O EPICURISMO. Prof. Nédi Silva – FILOSOFIA - 3º ano. Situação de
Aprendizagem 6 - Cad. do Aluno Vol. 2.
1) Segundo os
dois dicionários (do texto), defina FELICIDADE.
2) O que foi o período helenista?
3) Cite os fatores do período
helenístico que favoreceu o surgimento e aceitação do Estoicismo e do
Epicurismo.
4) Como alcançar a felicidade, segundo o
ESTOICISMO?
5) Quem era o LOGOS e o SÁBIO para os estoicos?
6) Explique os Quatro
Remédios de Epicuro para ser feliz.
7) CAD. DO ALUNO VOL. 2 - PÁGS 57, 60, 61, 63 a 65 ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Breve
Explicação: Se há algo nesta vida que todos, sem exceção, desejamos, é
ser feliz. Quem nunca se perguntou: O que é a felicidade? O que é preciso para
alcançá-la? Ela existe realmente, ou podemos ter apenas momentos felizes? Não é
tão simples quanto parece, responder essas perguntas. Se procurarmos no dicionário, veremos que a felicidade é
identificada como o “estado de uma consciência plenamente satisfeita;
satisfação, contentamento, bem-estar”. Mas, será que para ser feliz basta
satisfazer a consciência? Lógico, que não é só isso. No Dicionário básico de Filosofia parece ampliar um pouco a noção
de felicidade, concebendo-a como: “Estado de satisfação plena e global de todas
as tendências humanas”. Como, porém, atingir tal grau de satisfação? Isso é
possível?
Nesta
Situação de Aprendizagem, será abordado o tema felicidade, tomando-se por base
as concepções de duas correntes filosóficas do período helenístico (323
a.C.-147 a.C.): o estoicismo e
o epicurismo. É necessário saber, antes,
o que foi o período helenista: foi o processo de fusão da cultura grega com
a dos povos orientais. Desta fusão, a cultura grega prevaleceu. De fato, no
período clássico, antes da helenista, a política era um dos temas centrais da
reflexão filosófica. Havia cidades independentes e os cidadãos participavam da
política democraticamente. No helenismo, por outro lado, os assuntos políticos
são postos de lado, cedendo lugar às questões da vida privada e interior de
cada indivíduo, especialmente aos problemas morais; os motivos dessas mudanças
se deram devido à unificação das cidades gregas em um Estado governado por
Alexandre, o Grande. E, também, no século II a.C., a conquista de Roma sobre o
império grego. Nesse contexto tumultuado, de decadência da polis e dos valores
políticos e morais tradicionais, de perda da liberdade, de sincretismo e de
conflitos culturais causados pelo contato com outros povos de tradições e
crenças diferentes, de insegurança constante provocada pela dominação
estrangeira, de medo da morte iminente, enfim, nesse ambiente de crise generalizada,
era natural que a Filosofia também sofresse significativas transformações,
mudando o foco de suas preocupações. Daí surge, nesse momento conturbado
historicamente, duas correntes filosóficas que mais exerceram e continuam a
exercer grande influência sobre nossa cultura, contribuindo significativamente
para a formação das ideias que temos acerca da felicidade.
PARA O ESTOICISMO, a felicidade consiste em adequar
nossa vontade ao destino, desejar apenas as coisas que dependem de nós, conformar com as que nos escapam
do nosso controle e eliminar todas as paixões, a fim de alcançar o estado de
imperturbabilidade da alma. Para eles, existe uma Inteligência Divina (Logos,
ou Deus que esta em tudo, e é tudo - PANTEÍSMO) que organiza todo universo com
leis, que são impossíveis de mudá-las - Destino. As coisas são como são... Tudo
é como deve ser... Porque a Razão Divina quer que elas sejam assim, por isso é
bom que elas sejam assim. Cabe ao
estoico ter SERENIDADE para aceitar as coisas que ele não pode mudar, por
exemplo: Morte de uma pessoa querida. A verdadeira liberdade humana, para os
estoicos, é praticada pelos sábios, que adéquam sua vontade ao que o Destino
traz, para que a Inteligência Divina guie suas ações e desejos. Assim, os
estoicos, fogem da frustração, conformando com aquilo que esta ao seu alcance, tentar
mudar ou controlar o que não podemos só resulta em aflição e angústia. O dever
do estoico é ser apático (não demonstrar interesse) por Sentimentos como medo,
dor, piedade, inveja, ciúme, aflição, ansiedade, cobiça, raiva, amor
(especialmente quando não correspondido), ódio, volúpia (prazer sexual), brigas,
disputas e idiotice. Outros que não se deve dar importância e se preocupar,
pois nos aprisionam, nos atribulam e nos impedem de ter paz de espírito, são: a
vida e a morte, ser celebridade ou não, com a dor e o prazer, com a riqueza
e a pobreza, com a doença e a boa saúde,
e coisas semelhantes a estas. Para eles, a Felicidade é ter boas condutas para
agir corretamente e equilibradamente, sem se preocupar com aquilo que esta fora
do nosso controle.
1º “Não tenha medo dos deuses”. Eles estão em um mundo distante do nosso. Eles são seres felizes e despreocupados, e em nada interferem em nossas vidas.
2º “Não tenha medo da morte”. Pois não temos como saber se ela é um bem ou um mal. Enquanto estamos vivos ela esta ausente, quando ela chega, nós não estaremos presentes. O sábio não despreza a vida em qualquer situação, e nem se apega a vida, desejando a imortalidade.
3º “Não acredite em destino e nem na sorte”, como formas de felicidade. Essas crenças são motivos de perturbação de nossa alma. O futuro se constrói sobre a influência de nossas ações e de fatores externos (pessoas e situações).
4º “Buscar os prazeres que se prolongam”, afastando dos prazeres que trazem mais sofrimento, do que gozo. Nem tudo que desejamos esta ao nosso alcance, por isso, se deve extrair prazer daquilo que temos (coisas simples), por exemplo: amizade.